domingo, 26 de junho de 2011

Estratégias gerais de investimento pessoal: como aumentar o capital



Fonte: administradores.com.br
Por: José Divaldo

Ganhar dinheiro apenas não basta, saber aplicar é fundamental para nos dar a segurança financeira a longo prazo. Este artigo contextualiaza linhas de investimento, principalmente o imobiliário. Imóveis comerciais em regiões de expansão de grandes cidades é uma estratégia de longo prazo, leia!

"Quem tem dinheiro ganha dinheiro" (Ditado Popular)

Existem cinco maneiras de ganhar dinheiro: trabalho, capital, sorte, herança e através de operações ilegais e anti-éticas. Alguns fazem uso das cinco, outros apenas de uma. Para o bom gestor é necessário apenas trabalho e capital; preferencialmente as duas juntas. Dinheiro ilegal e anti-ético é insustentável na linha do tempo.

Outra maneira eficaz de ganhar dinheiro é através da redução das despesas sem perder qualidade de vida. De nada vale trabalhar mais 4 horas por dia se o valor que se ganhará é desperdiçado em mal gerenciamento do orçamento, ou em até novas despesas advindas deste novo trabalho.

Quanto mais dinheiro maior será o orçamento, mas não necessariamente o capital. Poupar e saber investir o dinheiro ganho é o segredo para aumentar capital. "Tudo que ganha valor no tempo é um investimento, desde que você tenha condições de usufruir dos resultados obtidos com o aumento de valor." (CERBASI, 2009). Comprar veículo para usufruir não é investimento, veículo sofre redução de valor (depreciação), gera despesa e não gera receita.

Aplicações financeiras (fundo de investimento, poupança e títulos do governo), imóveis, empresas (individual, sociedade ou ações), metais preciosos são modalidades de investimento reconhecidas pelo mercado financeiro. A moda nas empresas é capital intelectual e gestão do conhecimento. O conhecimento e as habilidades sócio-profissionais também são modalidades de investimento, difíceis de mensurar o retorno financeiro e há muito tempo proclamado no meio familiar como principal objetivo dos pais para os filhos.

Investir para conseguir altas taxas de retorno dá trabalho e é arriscado. Quanto maior o retorno maior o risco. Investir na poupança é fácil e sem risco, mas o retorno é baixo, um pouco mais que a inflação. O segredo de investir com sucesso está no conhecimento sobre o objeto a ser investido, dispor de dinheiro no momento certo e tudo isso temperado com uma pitada de sorte. Ter dinheiro é como ter a mão da jogada numa partida de truco; se perder é feio. Quantos negócios bons já passaram ao alcance de nossas mãos e deixamos escapar por falta de dinheiro na hora? Poupar e fazer uso da força do dinheiro é o lema de todo grande capitalista.

Brasil é um país em desenvolvimento econômico, com crescimento populacional projetado para até 2020, déficit habitacional de 7.209.852 unidades residenciais (IBGE-PNAD, 2007), estas características o torna um excelente mercado imobiliário, ou seja, investir em imóveis é garantia de alto retorno a médio e longo prazo. No entanto comprar imóveis em cidades pequenas do interior, longe de grandes centros urbanos, com decréscimo populacional, sem indústrias e comércio fechando as portas é prejuízo na certa. O decréscimo populacional tem o efeito de aumentar o número de imóveis vazio para uso residencial. Cidades com estas características existem aos milhares no Brasil.

Além destes indicadores é importante verificar taxa de desemprego, volume de admissões e demissões, taxa de imigração e emigração, progressão no número de roubos, sequestros e homicídios. Altas taxas de imigração e emigração indica volume grande de procura por imóveis para comprar, alugar e vender, independente do crescimento populacional. Dinheiro circulando através de emprego garante ao comércio dinamismo, se o comércio vai bem a procura por imóveis comerciais aumenta. Em longo prazo o retorno do investimento em imóveis comerciais será muito maior que os residenciais. O déficit habitacional tende a quase zerar, a população irá decrescer a partir de 2020. Outro indicador importante para quem irá construir uma unidade residencial é a taxa de fecundidade, hoje está um pouquinho acima de 2 filhos por casal e a tendência é diminuir. Este indicador tem implicação no tamanho da residência; dois ou três quartos com qualidade.

Investir em imóvel residencial para morar traz limitações para avaliação profissional de retorno. Cidades com histórico de crescimento oferecem grandes oportunidades em áreas de expansão. São bairros com pouca infra-estrutura, sem comércio consolidado, sem equipamentos públicos e com muitos lotes vazios. Quem com dinheiro quer morar num lugar destes? Comprar para morar é diferente de comprar para investir. A valorização de imóveis em bairros consolidados é muito menor que nas áreas de expansão da cidade. Claro que alguns cuidados se fazem necessários. Uma grande armadilha é o bairro se tornar somente residencial e de baixo padrão. Tomar conhecimento antecipado de que existirá grandes investimentos imobiliários no local ou grandes intervenções pública é um trunfo que pode ser conseguido com informações privilegiadas, um tanto quanto anti-ético, ou através de uma avaliação do histórico de ocupação da cidade cruzado com as características geográficas do bairro, mais um pouco de intuição. Na maioria das cidades é possível observar uma direção de crescimento que quase sempre obedece a direção de grandes centros urbanos próximo. As cidades da região metropolitana de Curitiba tende a crescer muito mais nas adjacências de rodovias que levam a Curitiba. Se a decisão for investir em imóvel comercial além de todas as dicas anteriores é preferível que o imóvel esteja defronte a logradouro com potencial para grande circulação de pedestres e veículos, que passe ou venha a passar transporte coletivo e que tenha potencial de concentração populacional nas proximidades.

Quem quer investir em imóvel e ganhar dinheiro amanhã tem que comprar abaixo do preço de mercado. Alguns fatores levam alguém a vender seu imóvel perdendo dinheiro: casos de herança, separações conjugais, problemas financeiros ou desconhecimento do preço real; normal acontecer com quem vai para o exterior e por lá fica por muito tempo.

Se a decisão for investir numa empresa as informações necessárias para avaliação são muito mais complexas e o risco de perder dinheiro muito maior que comparado aos imóveis. Por outro lado a possibilidade de retorno é quase que infinita, Bill Gates é prova viva. Alguns fatores devem ser ponderados antes da decisão de abrir ou comprar uma empresa. Minimamente deve ser feito uma avaliação de mercado: clientes, concorrentes e fornecedores. É importante consultar especialistas no mercado pretendido. Persistindo a decisão o Plano de Negócio é a próxima etapa. Tudo planejado é hora de executar. Existem grandes oportunidades de negócio em setores essenciais ao ser humano: alimentação e saúde. O aumento das classes sociais B e C oportuniza negócios na área de entretenimento. Pra quem tem pouco dinheiro para investir o ideal é começar no setor de serviços: menos risco e maior lucratividade. Cada cidade oferece oportunidades específicas a serem vislumbradas e aproveitadas por quem está preparado.

Ações é um investimento para médio prazo, não adianta comprar quando a empresa está super bem e vender quando as ações estão despencando, o ideal é comprar neste momento e vender quando a situação normalizar, se existir esta possibilidade. Um indicador interessante é a comparação entre o valor de mercado (estimado pelas ações) e o valor real da empresa (ativos que ela possui), se o valor de mercado é muito maior é um indicativo do recuo das ações no futuro. Existem muitos fatores a serem avaliados na decisão de comprar uma ação, portanto só deve entrar neste ramo quem estiver disposto a pesquisar muito sobre as empresas, confiar nos corretores e ver o dinheiro sumir de um dia para o outro e talvez voltar aparecer.

Diversificar as fontes de renda e a composição do capital é uma estratégia assertiva rumo ao desenvolvimento financeiro contínuo e sustentável. Quem não tem valores suficientes para investir pode recorrer a financiamentos, desde que a receita decorrente do investimento seja praticamente segura e suficiente para cobrir as parcelas do financiamento.

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