quinta-feira, 30 de junho de 2011

Escritórios e Clínicas dominam aluguéis em SP


Fonte: Biswangerbrazil.com.br

A abertura de clínicas médicas e de escritórios de advocacia e contabilidade é responsável por 65% dos imóveis comerciais alugados em São Paulo neste ano, segundo estudo da Lello Imóveis.

A liderança das duas categorias nas locações da cidade deve ser mantida nos próximos anos, de acordo com a diretora da companhia Roseli Hernandes.

"Os jovens se formam na universidade e alugam um conjunto para abrir o próprio negócio", diz.

O aluguel para a abertura de lojas de rua ocupa a terceira colocação em São Paulo, com 11% do total de imóveis locados em 2011.

Na região da Mooca, esse índice chega a 35%. "É um bairro com as melhores características para o segmento", afirma Hernandes.

Mesmo com a demanda por novos estacionamentos na cidade, o setor só representou 3% das locações, pois não consegue competir com o desenvolvimento imobiliário, diz o sócio-diretor da consultoria Binswanger Brazil, Rafael Camargo.

"Vai ser sempre mais rentável vender o terreno para a construção de prédios."

83° Enic debaterá sustentabilidade na construção civil


Fonte: Investimentoenoticias.com.br

Com o objetivo de discutir temas como habitação, infraestrutura, construção sustentável, inovações tecnológicas, produtividade, competitividade, capacitação de profissionais e a preparação do Brasil para eventos esportivos, o SindusCon-SP realizará nos dias 10, 11 e 12 de Agosto, o 83° Enic ( Encontro Nacional da Indústria da Construção). Promovido pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), o evento contará com a presença da presidenta Dilma e diversos ministros e empresários do país.

Destaque para a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, que participará do painel “Cidades e Sustentabilidade”, no dia 12/08, entre 09h00 e 12h30. Na ocasião, habitação, infraestrutura e questões urbanas como a destinação dos resíduos na construção serão discutidas. Além disso, estará em pauta a construção sustentável como objeto central de um programa que vem sendo desenvolvido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção em parceria com Congresso Nacional, ambientalistas, empresários de toda a cadeia produtiva, centrais sindicais, academia, entre outros.

O 83° Enic abordará também a redução de emissões na cadeia produtiva, a eficiência energética das edificações, o uso racional da água, a utilização de materiais e sistemas sustentáveis, a gestão de resíduos sólidos, o desenvolvimento sustentável etc.

Nos três dias do evento é esperada a participação de 1.500 empresários, gestores, profissionais de todo o país, além de autoridades. A programação completa do Enic e a ficha de inscrição podem ser visualizadas no site www.enic.org.br. Os interessados que se inscreverem até o dia 30 de Junho terão um taxa promocional.

Serviço 83º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic) Data: 10, 11 e 12 de agosto Local: World Trade Center (WTC) – Avenida das Nações Unidas, 12.551 – São Paulo/SP Av. Nações Unidas, 12551Av. Nações Unidas, 12551

Locação comercial cresce 4% em SP


Fonte: Investimentoenoticias.com.br

O número de contratos de locação comercial cresceu 4% no primeiro quadrimestre de 2011, na comparação com igual período de 2010, e representou 30% de todos os novos aluguéis fechados na cidade de São Paulo, segundo levantamento da Lello, empresa líder em administração imobiliária no Estado.

De acordo com a pesquisa, 33% dos imóveis comerciais alugados neste ano foram destinados à implantação de clínicas médicas, odontológicas ou de estética. E 32% foram para escritórios comerciais, de representação, contabilidade ou advocacia.

Outros 11% das unidades comerciais locadas foram lojas de rua (comércio, sapatos, presentes etc.), 7% para estabelecimentos de alimentação como bares, restaurantes e lanchonetes, 5% para implantação de escolas, 4% para depósitos de materiais comerciais e industriais, 3% para estacionamentos. Os restantes 5% se dividem em diversos ramos de atividades.

Quanto ao perfil dos imóveis comerciais locados, a maioria, 40%, foi sala e conjunto, 28% casas comerciais, 17% salões, 8% lojas, 4% galpões e 3% terrenos.

“A locação comercial é uma atividade ainda aquecida no mercado imobiliário, e com rendimento do aluguel superior, geralmente, ao obtido nas locações residenciais”, diz Roseli Hernandes, diretora da Lello Imóveis.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Como deixar o ambiente mais quente e aconchegante no inverno


Fonte: Paran@Shop

Decorar um ambiente é uma arte. Requer conhecimento técnico, senso estético e muita sensibilidade. Mas, sobretudo, quem decora deve ser fiel aos seus gostos, seguir a sua intuição e buscar a própria essência. Segundo a professora do Curso Técnico em Design de Interiores no CEPDAP (Centro de Educação Profissional de Design, Artes e Profissões), designer Anna Paula Gomes, mobiliar uma casa não é difícil, mas criar um ambiente é um pouco mais trabalhoso. “Deixar um ambiente mais cálido, confortável e relaxante nos períodos de frio não significa encher a casa com as últimas tendências vistas em revistas ou em páginas da web mas, sim, equilibrar as escolhas e priorizar a luz e a cor”, explica.

Ao compor um espaço residencial, ela afirma que o resultado deve ser elegante, confortável, funcional, iluminado e, principalmente, harmonioso. As baixas temperaturas, por si só, pedem recolhimento. Para isso Anna destaca que é ideal o uso de madeira natural e piso laminado. “Isso vai criar uma atmosfera acolhedora nas áreas de estar íntimo, como quartos, living ou canto de leitura”.
Para dar ênfase aos ambientes a especialista recomenda a escolha de tons fechados e escuros, que causam uma sensação de conforto térmico no outono e no inverno. As cores marcantes como verde, tijolo, mostarda, ameixa e azul são ótimas alternativas para causar um efeito mais quente no espaço e deixar a casa mais viva nessas estações. “Uma estratégia também é fazer um mix de texturas na composição. Por exemplo, uma manta e umas almofadas coloridas ‘aquecem’ o sofá e a poltrona", afirma.

De acordo com a especialista o fator ‘cálido’ se dá através do equilíbrio entre o conforto e o estilo que o enriquece. “As mantas de microfibra, revestimentos têxteis em veludo e chenille, tapetes com porcentagem de algodão, nylon ou lã, e os tecidos em linho para as cortinas tendem a deixar o espaço mais aconchegante para esta época”, ressalta.

Para os quartos ela recomenda o uso de tapetes de lã ao lado da cama e lençóis térmicos. “A nova gama de papéis de parede e a variedade nos tecidos para as cortinas também espantam a frieza e esquentam o espaço. Uma ótima opção são as cortinas duplas, em voal ou organza, que deixam penetrar a luz e proporcionam frescor que, combinadas e sobrepostas por tecidos opacos, dão um caráter mais íntimo e quente ao ambiente”.

No inverno é natural o instinto de fechar todas as aberturas da casa para sentir mais aconchego. Por isso Anna aconselha a consulta a um bom profissional, que irá dispor o mobiliário levando em conta a importância da ergonomia e da ventilação cruzada para evitar sobrecarregar o ambiente com móveis, acessórios e objetos.

A especialista explica que existe uma série de opções no mercado que permitem adequar termicamente os ambientes, desde o aquecimento para pisos, através de calefação por água ou eletricidade, climatizadores para ambientes ou sistemas de ar central e vidros duplos nas esquadrias. Atualmente é possível adequar até mesmo as lareiras, antes restritas à obra e hoje com as diversas opções a gás perfeitamente adaptadas aos espaços internos. “Uma alternativa barata para montar um cenário aconchegante e proporcionar a sensação de acolhimento e calor é criar belos arranjos com velas e dispor pela sala de estar ou lavabos”, finaliza.

O CEPDAP oferece um curso de Técnico em Design de Interiores que prepara o profissional para desenvolver projetos de interiores e de decoração exclusivos, de acordo com a necessidade de cada um e com preocupação ecológica. Mais informações pelo site http://www.cepdap.com.br , pelo telefone (41) 3029-4044 e também na fanpage http://www.facebook.com/cepdap.profissoesinovadoras

GR Properties investe R$ 115 milhões para diversificar atuação no mercado imobiliário

Fonte: PINI Web
Por: Mauricio Lima

Incorporadora pretende ampliar os negócios no segmento industrial, além de lançamentos de edifícios residenciais e comerciais previstos para breve

A incorporadora GR Properties anunciou um investimento de R$ 155 milhões em Valor Geral de Vendas (VGV) em diversos setores do mercado imobiliário. A empresa pretende ampliar sua atuação principalmente no segmento de condomínios de galpões industriais. "Como somos uma incorporadora de imóveis geradores de renda, não podíamos deixar bons negócios passarem por nós despercebidos", disse Guilherme Rossi, diretor-geral da GR Properties.

A empresa já está construindo condomínios industriais na região de Campinas (SP) e lançou neste mês seu primeiro empreendimento de salas comerciais, no bairro da Penha, em São Paulo. De acordo com Rossi, a GR Properties também deverá lançar prédios de alto padrão com apartamentos compactos já decorados, ideal para investidores que desejam disponibilizar esses espaços para locação. "Serão empreendimentos muito bem localizados, em regiões nobres, para atender à imensa demanda que temos no mercado por apartamentos de um e dois dormitórios", afirma o executivo.

"Todas as projeções de negócios para os próximos cinco anos são agressivas. O Brasil está em ascensão vertiginosa e vamos atrás sempre das novas tendências do mercado. Os investidores têm ficado muito satisfeitos com o nosso modelo de negócio. Essa parceria tem sido um sucesso e o retorno para todos os envolvidos é muito relevante", finaliza Rossi.

Tecnisa divulga relatório que reúne práticas nas áreas social e ambiental


Fonte: investimentoenoticias.com.br

Projetos de alfabetização e educação profissional no canteiro de obras, garagem com infraestrutura completa para abastecimento de carros elétricos, etiquetagem de edifício pelo Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL Edifica), uso de madeira certificada, qualidade em gestão e recorde na performance econômica foram algumas das práticas reunidas no Relatório de Sustentabilidade divulgado na sexta-feira, dia 24, pela TECNISA.

O relatório foi desenvolvido de acordo com as diretrizes do Global Reporting Initiative (GRI), sob a coordenação do Comitê de Sustentabilidade e apoio das diversas áreas da companhia. Em destaque estão os projetos sociais desenvolvidos aos colaboradores. No ano passado, a TECNISA conquistou medalha de prata no Prêmio Masterinstal com o projeto “Profissionais do Futuro”. A ação visa capacitar os operários que queiram atuar em serviços que dependam de habilidades específicas, como por exemplo alvenaria, elétrica e hidráulica.

A companhia também desenvolve desde 2002 o “Ler e Construir” - projeto de alfabetização de adultos em canteiros - e apoia outras iniciativas, como a “Fundação Gol de Letra”, “Parceiros da Educação” e “Projeto Nosso Sonho”, que buscam promover a inclusão de jovens com paralisia cerebral na sociedade e no mercado de trabalho.

Outra ação relacionada no relatório diz respeito aos banhos dos colaboradores nas obras, que tornaram-se mais sustentáveis. Um sistema de aquecimento solar piloto foi instalado no início do ano, economizando recursos financeiros e naturais. A TECNISA também foi pioneira no fornecimento de infraestrutura completa para carros elétricos, além de estar aprofundando seus estudos na questão da eficiência energética. Como resultado, conquistou a etiqueta Procel-Edifica, que avalia o conforto térmico dos usuários e racionalização do consumo de energia e água de um empreendimento.

Alugar pode ser mais vantajoso que comprar imóvel


Fonte: Newmarkkf.com.br
Com o crédito imobiliário ainda abundante, muita gente se sente tentada a realizar o sonho da casa própria o quanto antes. Mas especialistas em finanças costumam alertar para o fato de que nem sempre o melhor negócio é escolher a prestação que cabe no bolso. Quem deseja comprar um imóvel deve perder algum tempo considerando pelo menos duas questões cruciais. Primeira: morar de aluguel poderia ser mais interessante? E segundo: o financiamento é realmente necessário?

Comprar X Alugar

1. Tempo de permanência
Antes de se apressar a comprar um imóvel pela prestação mais palatável, há que se considerar se, pelo menos naquele momento, a compra é o que mais convém. Por mais execrada que seja a prática de viver de aluguel (“dinheiro jogado fora” para muitos), financeiramente pode ser muito mais interessante, dependendo do perfil da pessoa.

Especialistas em mercado imobiliário ainda não conseguiram concordar sobre se há ou não uma bolha imobiliária em formação no Brasil. Mas muitos já apontam para a possibilidade de os preços subirem cada vez menos e alcançarem a estabilidade. Para quem tem perspectiva de estabilização ou mesmo de queda de preços no mercado imobiliário, o vice-presidente do Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças (IBEF), Luiz Calado, dá a dica:

“Nesse cenário, se você pretende ficar menos de sete anos no imóvel, não vale a pena comprar”, diz o economista, que também é autor do livro “Imóveis: seu guia para fazer da compra e venda um grande negócio”. Para quem pode ser transferido para outro estado ou país a qualquer momento ou quer se sentir livre para buscar um novo emprego em um local distante, essa imobilidade pode mesmo ser bem desinteressante. Mas é claro que esse raciocínio perde força se a expectativa em relação aos preços for de forte valorização ao longo da próxima década.

2. A vantagem financeira do aluguel
Calado lembra ainda que muita gente vê o aluguel como vilão, mas financeiramente, pagar aluguel pode ser muito mais interessante. Isso porque os aluguéis atualmente correspondem a percentuais baixos dos valores dos imóveis. Em São Paulo, por exemplo, os locatários pagam apenas 0,57% do valor do imóvel todo mês. Isso corresponde, por exemplo, a um aluguel de 2.850 reais por um imóvel de 500.000 reais.

Esse percentual é menor que o rendimento líquido mensal dos títulos públicos atualmente, e até mesmo da caderneta de poupança. “Se você estiver pagando menos de 1% do preço do imóvel, com a Selic atual, está muito bom”, considera o economista. Nesse caso, uma pessoa que tivesse 400.000 reais aplicados no Tesouro Direto poderia, com uma rentabilidade líquida de 0,75% ao mês, pagar seu aluguel, e ainda sobrariam 150 reais todo mês.

Caso decidisse comprar um imóvel com suas reservas, essa pessoa teria que baixar o padrão de vida para arcar com uma propriedade mais barata, e ainda imobilizaria seu capital. Se precisasse do dinheiro com urgência, teria de vender o bem às pressas, correndo o risco de fazer um mau negócio.

Para não se descapitalizar, a mesma pessoa poderia obter um financiamento e comprar um apartamento de 500.000 reais. Com uma entrada de 50.000 reais, sobrariam ainda 350.000 reais aplicados, com um rendimento de 2.625 reais ao mês. No prazo de 30 longos anos e com a taxa de juros atualmente praticada pela Caixa (10,93% ao ano), a primeira prestação ultrapassaria os 5.000 reais. As parcelas só se tornariam menores que o aluguel de 2.850 reais a partir do 284º mês. E só ficariam menores que o rendimento da renda fixa a partir do 303º mês.

3. Liberdade X Manutenção X Riscos
Afora o tempo de permanência e as questões matemáticas, há que considerar também outras questões mais práticas. Quem deseja montar a casa dos sonhos certamente vai preferir comprar, pois poderá fazer as modificações que quiser no imóvel. Ao mesmo tempo, mesmo que a pessoa se mude, o imóvel pode se tornar uma fonte de renda com aluguéis no futuro ou até ser vendido com um bom lucro.

A favor do aluguel, porém, contam ainda outras circunstâncias. A primeira delas são os custos de manutenção reduzidos em relação ao imóvel próprio. “Dependendo do prédio e da frequência com que os condôminos costumam reformá-lo, o custo com manutenção, que recai sobre o proprietário, pode não ser irrelevante”, lembra Luiz Calado.

Em segundo lugar, imóveis não são investimentos de sucesso certo. Eles podem desvalorizar, ou então valorizar num ritmo menor que o do mercado. Além disso, o ganho com aluguel pode não valer o risco. Recente reportagem de EXAME.com mostrou que, na opinião de William Eid Jr., coordenador do Centro de Estudos em Finanças da EAESP-FGV, aluguéis que correspondem a menos de 0,6% do valor do imóvel praticamente inviabilizam esse tipo de investimento. Afinal, o mesmo valor imobilizado nesse tipo de bem poderia ter sido aplicado em renda fixa com um rendimento maior, bem menos risco e mais liquidez.

E ao contrário dos preços dos imóveis, os valores dos aluguéis esbarram numa barreira de crescimento bastante clara: a renda dos brasileiros. Antes que eles subam de maneira exorbitante, beneficiando os proprietários, o valor dos imóveis vai se ajustar para baixo.

Poupar X Financiar

Se depois de pesados todos esses fatores ficar decidido que a compra é mesmo o mais interessante, é preciso passar para a segunda etapa do raciocínio: é mais vantajoso entrar no financiamento ou poupar ao mesmo tempo em que se paga aluguel até atingir o valor necessário para quitar o imóvel à vista? A bem da verdade, é muito difícil fazer essa conta, pois para ela dar certo é preciso estimar a taxa média de reajuste do valor do aluguel e a valorização média do imóvel desejado durante o longo período de um eventual financiamento – em geral, de 15 a 30 anos.

Mas, de modo geral, uma coisa é certa: entrar no financiamento vale a pena quando o preço do imóvel desejado é mais baixo. À medida que o valor do imóvel aumenta, diminuem as vantagens do crédito e aumentam as da poupança. Por exemplo, quem deseja um imóvel de alto padrão e puder esperar deve considerar poupar e investir, pois em alguns anos poderá pagar pelo bem à vista. Já quem estiver mais inclinado a buscar moradia na faixa dos 300.000 reais deve optar pelo financiamento.

A explicação para isso é simples. O professor de finanças da USP Rafael Paschoarelli fez simulações a pedido de EXAME.com e esclarece: quanto menor é o valor do imóvel, menor é a taxa de juros do financiamento e maior é o valor do aluguel em relação ao preço do imóvel. No caso dos imóveis mais caros, a taxa de juros fica maior e o aluguel corresponde a uma fatia mínima do valor total do imóvel.

A título de exemplo, Paschoarelli simulou em quanto tempo é possível juntar dinheiro para comprar um imóvel de 300.000 reais, de 500.000 reais e de 1.000.000 de reais se, em vez de financiar em 20 anos (240 meses), a pessoa pagasse aluguel por um imóvel de mesmo valor e investisse o equivalente ao restante da parcela de um financiamento em uma aplicação com rentabilidade líquida de 0,6% ao mês. De uma simulação para outra apenas variaram a taxa de juros do financiamento, o aluguel e o valor da entrada.

Quanto maior o valor financiado, mais vantajoso fica pagar à vista. E se a pessoa tem capacidade de pagar aquela parcela de financiamento, certamente, com disciplina, conseguirá pagar o aluguel e poupar o restante. Para essas simulações, o professor considerou uma taxa de reajuste média dos aluguéis de 4% ao ano. “Como o prazo é longo, considerei que a inflação não vai estar sempre tão alta”, diz Paschoarelli.

A valorização média considerada para o imóvel pretendido foi de 2% ao ano, também tendo em vista que as fortes altas atuais não vão se sustentar num período tão longo. Antes de mais nada, porém, é preciso ter uma idéia da tendência dos preços na região onde se pretende comprar o imóvel no futuro.

Os demais parâmetros considerados foram os seguintes: sistema de amortização pela Tabela SAC; correção monetária pela TR de 0,1% ao mês; taxa de administração do banco de 25 reais ao mês; taxa de vistoria de 300 reais; 600 reais pela análise de documentos; 100 reais pela análise de documentos; e 24 reais por mês de seguro de danos físicos e 16 reais mensais de seguro por morte e invalidez permanente, que são os menores valores de seguro disponíveis atualmente.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Oferta de imóveis chega à classe C e empresários têm de mudar a forma de construir e vender


Fonte: O Serrano

Para o diretor presidente da Rodobens Negócios Imobiliários S/A, Eduardo Gorayeb, com a estabilidade econômica do País e a facilidade do acesso ao crédito, foi possível elevar o consumo das famílias de classe média e, consequentemente, as empresas do setor imobiliário passaram a atender esse nicho do mercado com produtos diferenciados e desenvolvidos exclusivamente para suprir as necessidades habitacionais desse segmento da população.
“O acesso facilitado à moradia e os benefícios de programas de incentivo, como o Minha Casa, Minha Vida, são essenciais para que às famílias de menor renda continuem tendo acesso à casa própria. E cabe às empresas o aperfeiçoamento e desenvolvimento de novas tecnologias construtivas, resultando na entrega de unidades de qualidade, que deem dignidade ao comprador”, analisa Gorayeb, um dos debatedores do seminário “Tendências do Mercado Imobiliário”, que a vice-presidência de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP realiza dia 5/7, quinta-feira, a partir das 8h30, na sede da entidade.
Empresas de diversos segmentos econômicos e governantes têm acompanhado atentamente a mobilidade social iniciada no Brasil há cinco anos, que permitiu o ingresso de mais de 30 milhões de pessoas na chamada classe C. “Com mais acesso à informação e à educação, esses cidadãos assumem lugar de destaque no mercado consumidor e criam demandas diferenciadas”, opina Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.
Até 2005, o mercado imobiliário sobrevivia da oferta de imóveis para as classes A e B, conforme Petrucci. “De lá para cá, os empreendedores tiveram de se adaptar a mudança social e econômica e produzir imóveis de dois e três dormitórios, em larga escala, com área útil menor e preço reduzido”, conta Petrucci. Simultaneamente a esse movimento de ampliação do poder de compra, algumas incorporadoras abriram capital na Bolsa de Valores e os bancos voltaram a tratar o crédito imobiliário como negócio.
“Passamos por uma rápida revolução e agora experimentamos as dores do crescimento, como falta de mão de obra especializada, o maior gargalo do setor, e uma possível desaceleração dos recursos da caderneta de poupança em 2013 ou 2014”, enfatiza João Crestana, presidente do Sindicato da Habitação.
Marketing, recursos, investimento em pesquisa e tecnologia construtiva e demais questões relacionadas à atividade empresarial voltada a esse novo consumidor brasileiro serão amplamente discutidas com técnicos do setor financeiro, empresários do setor, profissionais de institutos de pesquisa e avaliação de crédito, dentre outros agentes. “Temos de refletir sobre os impactos futuros de tantas mudanças nos negócios imobiliários e nas cidades”, adianta Crestana.

CVM quer padronizar critério de avaliação de imóveis



Fonte: biswangerbrazil.com.br

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) quer adotar como padrão que seja usado o critério de reavaliação (conceito que se aproxima do valor de mercado ou valor justo) em fundos de investimento imobiliários (FIIs) que aplicarem em imóveis para renda. No caso de aplicação para venda, continuaria valendo o critério de custo de aquisição ou de construção.

A proposta está na audiência pública aberta hoje pela autarquia sobre normas aplicáveis a elaboração e divulgação das demonstrações financeiras e os critérios contábeis de reconhecimento, classificação e mensuração dos ativos e passivos, assim como o reconhecimento de receitas e apropriação de despesas, referente a este tipo de fundos.

O gerente de Normas Contábeis da CVM, José Carlos Bezerra da Silva, afirma que boa parte do mercado já vinha adotando o critério de reavaliação nos casos de imóveis para renda, mas diz que a CVM considerou que este era o momento adequado para disciplinar a questão.

Além desta proposta, Bezerra explica que a estrutura dos fundos imobiliários mudou muito desde 1994 (a última norma sobre o tema para FIIs data deste ano), assim como as normas contábeis, sendo necessária uma atualização. A mudança proposta também compatibiliza os FIIs ao padrão internacional contábil IFRS, uma medida que vem sendo revisada pela CVM para diferentes fundos.

O assunto estava na pauta da autarquia há mais de dois anos, mas ficou parada por conta de outras questões envolvendo a implantação do IFRS. Os Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs), por exemplo, já passaram por essa atualização.

Outra proposta que a CVM abriu hoje para audiência pública diz respeito à divulgação de informações sobre transações com partes relacionadas nas notas explicativas às demonstrações financeiras de fundos de investimento. "Com base no trabalho de acompanhamento das informações prestadas pelos fundos, sentimos necessidade de que essas informações passassem a ser disponibilizadas", afirmou, sem entrar em detalhes.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Fundo de investimento no qual a cota funciona como ação



Fonte: Monitor Mercantil Digital

Brazilian Capital aposta no setor imobiliário
Das 36 ofertas públicas realizadas em 2010, dez foram de fundos imobiliários
A Brazilian Capital - companhia de gestão de investimentos imobiliários, controlada pela Brazilian Finance & Real Estate - de olho no bom momento econômico do Brasil lançou em dezembro do ano passado um fundo de investimentos do setor no mercado de capitais, que promete ser rentável para seus cotistas.
De acordo com Romeu Pasquantonio, diretor de distribuição da empresa, os fundos imobiliários têm se mostrado uma boa opção de investimento no mercado de capitais. "Das 36 ofertas públicas de ações realizadas no ano passado, dez foram de operações de fundos imobiliários, e já existem 52 fundos deste tipo listados na Bovespa", disse durante evento realizado na Apimec-Rio.
Maior rentabilidade
Segundo dados da BMF&Bovespa, até 16 de junho deste ano, esses fundos tiveram maior rentabilidade quando comparados com as ações negociadas no mercado. Também há baixa volatilidade em momentos de crise, como na de 2008 quando os fundos de investimento imobiliário (FIIs) permaneceram praticamente estáveis. Além disso, a valorização do valor das cotas no mercado de FII pagou em média, durante os primeiros meses do ano período, 30% em rendimentos. Entre 2008 e 2001, o ganho chegou a 90%.
Momento único
Para Adriano Mantesso, consultor do Brazilan Capital, o fundo da companhia "Brazilian Capital Real Estate Fund I", lançado em dezembro no mercado, vem num momento em que o setor imobiliário cresce com força. "Estamos, vivendo um momento único de crescimento no Brasil e de visibilidade internacional, o que atrai muitos investidores".
Os investimentos neste setor acontecem muito em função dos juros e inflação estabilizados, do aumento de renda de classe C e da maior oferta de crédito.
Não existe bolha
Além disso, o setor de locação de escritórios comerciais, onde estão lastreados a maior concentração dos fundos imobiliários, tem tido uma forte valorização. Mas segundo Mantesso, não existe uma bolha e sim muita demanda alta por espaço.
Desde 2005 a taxa de vacância vem caindo, chegando a um patamar de 3% no Rio de Janeiro e 3,8% em São Paulo, valor bem baixo em relação a média de outros mercados internacionais que esse nível chega a 15%. "As empresas estão crescendo no país, o que demanda espaços", aponta o consultor.
O fundo
O "Brazilian Capital Real Estate Fund I", que já é o maior disponível no mercado com R$ 1,1 bilhão, se caracteriza por um fundo de investe em cotas de outros fundos, com o objetivo de maximizar a renda. De acordo com Mantesso, não é fundo de renda fixa, o cotista deixa de receber parte da distribuição para reinvestir no negócio para ter um ganho maior no futuro.
O investimento alvo do fundo é em imóveis de escritórios de renda no Brasil, incluindo "retrofits" e expansões de imóveis existentes. Mas o foco é investimentos em imóveis já performados e locados, ou seja não há risco da construção e já no primeiro mês receber aluguel.
Oferta em dezembro
Na oferta pública (IPO) realizada em dezembro, foi colocado à disposição no mercado 1/3 das cotas do fundo foram ofertadas na BMF&Bovespa. O valor de mercado dos 13 imóveis de em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas chegou R$ 2 bilhões, uma valorização de 35% desde a IPO, conforme laudo de avaliação da Colliers International realizado em maio. A vacância atual do portfólio está em 0%, ou seja tudo ocupado.
O desempenho desde dezembro de 2010 é significativo, segundo Matesso. Houve crescimento de 26% da receita bruta desde o IPO, pulando de R$ 11,1 milhões para R$ 14 milhões por mês.

A receita de locação também apresentou um desempenho que pode encher os olhos dos investidores, de R$ 13,1 milhões por mês para R$ 16,4 milhões em maio deste ano. Cerca de 75% da receita foi em escritórios Classe A e A+, sendo que a fundo tem 75% de controle nos imóveis.
Desde a IPO, 37% da carteira já foi reajustada, sendo mediante renovação de aluguel ou revisão. Foi registrado no período 45% de spread dos contratos antigos para os novos, o que mostra, de acordo com Mantesso, o quanto o fundo pode ser rentável.
"Através da gestão ativa, o fundo pretende aumentar a rentabilidade para o investidor, elevando o patamar de distribuição mínima", disse o consultor. De acordo com a empresa, o fundo buscará a distribuição de rendimentos acima do patamar de 15% ao ano sobre o valor base de R$ 100/cota a partir do 5º ano.
A reunião na Apimec-Rio, de acordo com a empresa, serviu para mostrar, principalmente, que os fundos imobiliários são diferentes de outros do setor.

Segundo o consultor, este tipo de fundo aparece no mercado como uma empresa, o que significa que a cota funciona como uma ação. Também não é necessário fazer resgate da cota, devido a possibilidade de poder ser vendida no mercado como uma ação.
Setor hoteleiro
Mesmo diante do crescimento no setor hoteleiro do país, principalmente visando Copa do Mundo e as Olimpíadas, a companhia ainda não vê o seu investidor assumindo o risco deste tipo de empreendimento. Existe vontade mais falta investidor para assumir o risco.
"Mesmo com um mercado aquecido o hotel é um ativo diferente do que é oferta pela empresa, porque não é estritamente imobiliário. Você não está comprando o imóvel, mas a gestão da bandeira do hotel é um híbrido de imóvel com operação hoteleira. Além disso, normalmente o hotel não quer que você pague aluguel e sim que participe dos resultados", salientou o Mantesso.
Perfil
Brazilian Finance & Real Estate, com sede em São Paulo, é uma holding formada pelas empresas Brazilian Mortgages, Brazilian Securities, Brazilian Capital e BM Sua Casa. Ela tem como o objetivo possibilitar a realização de negócios estruturados para pessoas físicas e jurídicas.
Entre os seus principais acionistas estão a norte-americana TPG Axon(45%), a brasileira Ourinvest RE Holding (34%) e a fundo norte-americano Equity International (21%).

domingo, 26 de junho de 2011

O Brasil está vivendo uma bolha imobiliária?


Fonte: odiario.com.br
Por: Gustavo Pires, XP Investimentos

Conceitualmente, uma bolha é um evento especulativo e se origina em um mercado em que a contínua entrada de participantes sustenta a cotação de seus ativos, na maior parte dos casos sem lastro.
Antes de destrinchar o assunto no Brasil, é preciso analisar outras bolhas imobiliárias como a espanhola e a mais famosa de todas: a americana. Em ambos os casos, os países viviam com baixas taxas de juros e economia estabilizada, o que levou seus consumidores e banqueiros a terem maior apetite por riscos. Com crédito barato e volumoso, as famílias se endividaram ao ponto do crédito imobiliário ultrapassar a casa dos 100% do PIB. Quando os empréstimos começaram a não ser honrados, as garantias se mostraram insuficientes e os prejuízos até hoje são contabilizados.
Sobre o Brasil, temos hoje a maior taxa de juros real do mundo, evidenciando que “crédito barato” não existe no País. Passando para o crédito imobiliário sobre o PIB, saímos de 2,9% em 2009 para um número próximo a 5% em 2010 e espera-se 10% do PIB em 2015. Já o déficit habitacional é estimado em 5 milhões de imóveis, enquanto governo e iniciativa privada, entregam juntos em torno de 1,5 milhão de unidade por ano. Com apenas estes três argumentos, acredito já ter no mínimo espantado o risco de estarmos em um estágio de bolha.

Contudo, se de fato o Brasil não está vivendo uma bolha imobiliária, então por que tanto se comenta sobre tal? Ao longo de anos acompanhando o setor, fica claro que o principal indicador para o consumidor realizar o movimento de aquisição de um imóvel é a Confiança do consumidor. É justamente quando está empregado e se sentindo seguro, com renda em expansão e uma razoável visibilidade do futuro, que o mesmo toma a decisão de adquirir um imóvel, o qual seguirá pagando pelos próximos 15 anos (média brasileira). Assim, acredito que devido ao turbulento cenário político e econômico que o País viveu até o Plano Real (1994), o consumidor e, até mesmo o sistema financeiro, poucas vezes estiveram tão confiantes. Neste novo cenário, uma enorme demanda reprimida desencadeou o forte movimento que seguimos observando, levando a uma natural inflação no setor.

Outra constatação importante recai sobre o período pós-crise de 2008 (atualmente discute-se se realmente saímos). Enquanto os países emergidos entraram num ritmo de declínio/estagnação, os emergentes como o Brasil assumiram a posição de “motores do mundo”. Com isso, são raras as multinacionais que não elenquem o Brasil como um dos focos de seus investimentos, levando a uma disparada no preço dos imóveis comerciais.

Sem dúvida a pujança do momento atual desperta a dúvida sobre uma bolha imobiliária no Brasil, mas os fundamentos da economia, bem como seus indicadores, não corroboram tal tese. Devido aos fatores listados acima, acrescido da Copa do Mundo, Olimpíadas e exploração do pré-sal, tornam o Brasil uma das “bolas da vez” no mundo. Não vejo espaço para uma súbita queda dos preços antes das Olimpíadas (2016), mas após tal período, algumas microrregiões de São Paulo e principalmente Rio de Janeiro podem sim experimentar uma recessão pontual. Em suma, creio sim em eventuais microbolhas, infladas pela ganância dos participantes do setor, mas, em termos de Brasil, essa bolha ainda está muito murcha.

Estratégias gerais de investimento pessoal: como aumentar o capital



Fonte: administradores.com.br
Por: José Divaldo

Ganhar dinheiro apenas não basta, saber aplicar é fundamental para nos dar a segurança financeira a longo prazo. Este artigo contextualiaza linhas de investimento, principalmente o imobiliário. Imóveis comerciais em regiões de expansão de grandes cidades é uma estratégia de longo prazo, leia!

"Quem tem dinheiro ganha dinheiro" (Ditado Popular)

Existem cinco maneiras de ganhar dinheiro: trabalho, capital, sorte, herança e através de operações ilegais e anti-éticas. Alguns fazem uso das cinco, outros apenas de uma. Para o bom gestor é necessário apenas trabalho e capital; preferencialmente as duas juntas. Dinheiro ilegal e anti-ético é insustentável na linha do tempo.

Outra maneira eficaz de ganhar dinheiro é através da redução das despesas sem perder qualidade de vida. De nada vale trabalhar mais 4 horas por dia se o valor que se ganhará é desperdiçado em mal gerenciamento do orçamento, ou em até novas despesas advindas deste novo trabalho.

Quanto mais dinheiro maior será o orçamento, mas não necessariamente o capital. Poupar e saber investir o dinheiro ganho é o segredo para aumentar capital. "Tudo que ganha valor no tempo é um investimento, desde que você tenha condições de usufruir dos resultados obtidos com o aumento de valor." (CERBASI, 2009). Comprar veículo para usufruir não é investimento, veículo sofre redução de valor (depreciação), gera despesa e não gera receita.

Aplicações financeiras (fundo de investimento, poupança e títulos do governo), imóveis, empresas (individual, sociedade ou ações), metais preciosos são modalidades de investimento reconhecidas pelo mercado financeiro. A moda nas empresas é capital intelectual e gestão do conhecimento. O conhecimento e as habilidades sócio-profissionais também são modalidades de investimento, difíceis de mensurar o retorno financeiro e há muito tempo proclamado no meio familiar como principal objetivo dos pais para os filhos.

Investir para conseguir altas taxas de retorno dá trabalho e é arriscado. Quanto maior o retorno maior o risco. Investir na poupança é fácil e sem risco, mas o retorno é baixo, um pouco mais que a inflação. O segredo de investir com sucesso está no conhecimento sobre o objeto a ser investido, dispor de dinheiro no momento certo e tudo isso temperado com uma pitada de sorte. Ter dinheiro é como ter a mão da jogada numa partida de truco; se perder é feio. Quantos negócios bons já passaram ao alcance de nossas mãos e deixamos escapar por falta de dinheiro na hora? Poupar e fazer uso da força do dinheiro é o lema de todo grande capitalista.

Brasil é um país em desenvolvimento econômico, com crescimento populacional projetado para até 2020, déficit habitacional de 7.209.852 unidades residenciais (IBGE-PNAD, 2007), estas características o torna um excelente mercado imobiliário, ou seja, investir em imóveis é garantia de alto retorno a médio e longo prazo. No entanto comprar imóveis em cidades pequenas do interior, longe de grandes centros urbanos, com decréscimo populacional, sem indústrias e comércio fechando as portas é prejuízo na certa. O decréscimo populacional tem o efeito de aumentar o número de imóveis vazio para uso residencial. Cidades com estas características existem aos milhares no Brasil.

Além destes indicadores é importante verificar taxa de desemprego, volume de admissões e demissões, taxa de imigração e emigração, progressão no número de roubos, sequestros e homicídios. Altas taxas de imigração e emigração indica volume grande de procura por imóveis para comprar, alugar e vender, independente do crescimento populacional. Dinheiro circulando através de emprego garante ao comércio dinamismo, se o comércio vai bem a procura por imóveis comerciais aumenta. Em longo prazo o retorno do investimento em imóveis comerciais será muito maior que os residenciais. O déficit habitacional tende a quase zerar, a população irá decrescer a partir de 2020. Outro indicador importante para quem irá construir uma unidade residencial é a taxa de fecundidade, hoje está um pouquinho acima de 2 filhos por casal e a tendência é diminuir. Este indicador tem implicação no tamanho da residência; dois ou três quartos com qualidade.

Investir em imóvel residencial para morar traz limitações para avaliação profissional de retorno. Cidades com histórico de crescimento oferecem grandes oportunidades em áreas de expansão. São bairros com pouca infra-estrutura, sem comércio consolidado, sem equipamentos públicos e com muitos lotes vazios. Quem com dinheiro quer morar num lugar destes? Comprar para morar é diferente de comprar para investir. A valorização de imóveis em bairros consolidados é muito menor que nas áreas de expansão da cidade. Claro que alguns cuidados se fazem necessários. Uma grande armadilha é o bairro se tornar somente residencial e de baixo padrão. Tomar conhecimento antecipado de que existirá grandes investimentos imobiliários no local ou grandes intervenções pública é um trunfo que pode ser conseguido com informações privilegiadas, um tanto quanto anti-ético, ou através de uma avaliação do histórico de ocupação da cidade cruzado com as características geográficas do bairro, mais um pouco de intuição. Na maioria das cidades é possível observar uma direção de crescimento que quase sempre obedece a direção de grandes centros urbanos próximo. As cidades da região metropolitana de Curitiba tende a crescer muito mais nas adjacências de rodovias que levam a Curitiba. Se a decisão for investir em imóvel comercial além de todas as dicas anteriores é preferível que o imóvel esteja defronte a logradouro com potencial para grande circulação de pedestres e veículos, que passe ou venha a passar transporte coletivo e que tenha potencial de concentração populacional nas proximidades.

Quem quer investir em imóvel e ganhar dinheiro amanhã tem que comprar abaixo do preço de mercado. Alguns fatores levam alguém a vender seu imóvel perdendo dinheiro: casos de herança, separações conjugais, problemas financeiros ou desconhecimento do preço real; normal acontecer com quem vai para o exterior e por lá fica por muito tempo.

Se a decisão for investir numa empresa as informações necessárias para avaliação são muito mais complexas e o risco de perder dinheiro muito maior que comparado aos imóveis. Por outro lado a possibilidade de retorno é quase que infinita, Bill Gates é prova viva. Alguns fatores devem ser ponderados antes da decisão de abrir ou comprar uma empresa. Minimamente deve ser feito uma avaliação de mercado: clientes, concorrentes e fornecedores. É importante consultar especialistas no mercado pretendido. Persistindo a decisão o Plano de Negócio é a próxima etapa. Tudo planejado é hora de executar. Existem grandes oportunidades de negócio em setores essenciais ao ser humano: alimentação e saúde. O aumento das classes sociais B e C oportuniza negócios na área de entretenimento. Pra quem tem pouco dinheiro para investir o ideal é começar no setor de serviços: menos risco e maior lucratividade. Cada cidade oferece oportunidades específicas a serem vislumbradas e aproveitadas por quem está preparado.

Ações é um investimento para médio prazo, não adianta comprar quando a empresa está super bem e vender quando as ações estão despencando, o ideal é comprar neste momento e vender quando a situação normalizar, se existir esta possibilidade. Um indicador interessante é a comparação entre o valor de mercado (estimado pelas ações) e o valor real da empresa (ativos que ela possui), se o valor de mercado é muito maior é um indicativo do recuo das ações no futuro. Existem muitos fatores a serem avaliados na decisão de comprar uma ação, portanto só deve entrar neste ramo quem estiver disposto a pesquisar muito sobre as empresas, confiar nos corretores e ver o dinheiro sumir de um dia para o outro e talvez voltar aparecer.

Diversificar as fontes de renda e a composição do capital é uma estratégia assertiva rumo ao desenvolvimento financeiro contínuo e sustentável. Quem não tem valores suficientes para investir pode recorrer a financiamentos, desde que a receita decorrente do investimento seja praticamente segura e suficiente para cobrir as parcelas do financiamento.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Porto e pré-sal fazem Santos viver boom de imóveis corporativos



Fonte: biswangerbrazil.com.br

A descoberta do pré-sal e a ampliação do maior porto da América Latina têm incentivado grandes construtoras a investirem no mercado imobiliário corporativo em Santos, cidade no litoral sul de São Paulo, a 72 quilômetros da capital. Estagnado durante duas décadas, o setor dá sinais de recuperação, e o número de lançamentos comerciais começa a alcançar o de residenciais, segundo o sindicato que representa o setor.

“Vivemos em um momento de muita expectativa quanto ao petróleo, à expansão do porto. Diante desse cenário de retomada, vemos muita demanda por escritórios não só para empresas, mas para o setor de serviços”, disse o diretor-geral do Secovi-SP na Baixada Santista, Renato Monteiro.

Em Santos, os empreendimentos se concentram na orla da praia e no bairro do Valongo, conhecido como o centro velho, na zona portuária. Em regiões valorizadas como essa, o preço do metro quadrado pode chegar a R$ 9.000, de acordo com imobiliárias locais. Cinco anos atrás, era possível encontrar o metro quadrado a R$ 3.000.

“Os imóveis, tanto comerciais quanto residenciais, estão passando, sim, por um processo de valorização. No entanto, é preciso considerar que os preços subiram, mas o padrão dos imóveis construídos também mudou, as demandas são diferentes, e o preço do metro quadrado acaba incorporando tudo isso”, disse Domingos Nini de Oliveira, da construtora Conpral.

Essa retomada do mercado de imóveis corporativos começou a ser observada no final do ano passado. “Produtos comerciais no litoral é uma realidade recente. Em Santos, por exemplo, nos últimos 3 anos, foram lançados apenas 6 produtos, sendo efetivamente o ano de 2010 responsável por grande parte destes lançamentos”, lembrou Luiz Carlos Siciliano, Diretor Superintendente de Vendas e Marketing da Gafisa.

Só o Porto de Santos, por exemplo, grande rota de escoamento das exportações brasileiras, deverá receber investimentos – do governo federal e da iniciativa privada - que ultrapassarão US$ 6 bilhões até 2024, segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).

Acreditamos no potencial da cidade e região, estamos adquirindo áreas para seguir com os investimentos, mas ainda não temos novidades para anunciar”, disse a diretora de incorporação da Cyrela São Paulo, Rosane Ferreira.

Na região central de Santos, está sendo erguida uma das maiores torres comerciais de Santos, o Wave Offices, da construtora Cyrella. Em um terreno de 2.090 metros quadrados, 210 unidades deverão ficar prontas até dezembro de 2013. Todas foram vendidas em apenas quatro meses. "Os escritórios foram adquiridos por investidores que acreditam neste potencial e por moradores da cidade que tem negócios voltados à atividade portuária”, disse a diretora.

ambém atraída por uma localização estratégica, a Petrobras escolheu o Valongo para construir o que virá a ser a sede da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Bacia de Santos. O projeto inclui a construção de três torres, com capacidade para 6.000 trabalhadores, em uma área de 25 mil metros quadrados. A primeira delas deverá começar a sair do papel ainda no final deste mês, com previsão de término em 2013.

Lugar para trabalhar, lugar para morar Segundo estudo sobre o mercado imobiliário da Baixada Santista, divulgado pela primeira vez pelo Secovi-SP nesta terça-feira (14), de fevereiro de 2007 a abril de 2011, foram lançadas 20.542 unidades nos segmentos de residências verticais e horizontais em Santos, São Vicente, Guarujá e Praia Grande.

Os imóveis de dois dormitórios tiveram, no período, a maior participação na oferta (42,8% ou 8.801 unidades), seguidos pelos de três dormitórios (36,6% ou 7.523 unidades); um dormitório (10,3% ou 2.125 unidades) e quatro dormitórios (10,2% ou 2.093 unidades). Do total de lançamentos, 98,8% são empreendimentos verticais (20.299 unidades) contra 243 unidades horizontais.

Quanto aos preços dos imóveis verticais, o valor médio do metro quadrado na região ficou em R$ 3.254 mil (1 dormitório), R$ 3.631 mil (2 dormitórios), R$ 4.469 mil (3 dormitórios), R$ 5.552 mil (4 dormitórios). Por ser a primeira vez que o estudo é realizado, não há base para comparação.

“A performance pelo preço de venda ficou bem semelhante em todas as faixas de valores. Consequentemente, a região teve boa liquidez em todos os segmentos”, disse o Secovi, por meio de nota.

Já em relação aos horizontais, o preço do metro quadrado de um imóveis de 2 dormitórios foi de R$ 4.167, 3 dormitórios, de R$ 6.541 e 4 dormitórios, de R$ 3.893. Não foi divulgado preço de imóveis de apenas um dormitório.

Baixada tem aerporto e é sondada para novo porto Diante da expansão do setor e da consequente escassez de terrenos que começa a preocupar o setor, os mercados das cidades que compõem a chamada Baixada Santista já sentem os reflexos do aumento da demanda por imóveis em Santos.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Itaim: viver com estilo e conforto


No final do século XIX, na rua Iguatemi, localizava-se um casarão que era sede da fazenda de 120 alqueires do general José Vieira Couto de Magalhães. A propriedade foi adquirida por Leopoldo Couto Magalhães, seu irmão, em 1907. Em 1916, com o falecimento dele e a conseqüente divisão da chácara entre os herdeiros, a propriedade foi loteada e vendida principalmente aos imigrantes italianos e portugueses que vinham da Europa ou de outros bairros paulistanos. Era assim que nascia o Itaim Bibi, um dos bairros mais charmosos e valorizados de São Paulo na atualidade.

Uma das muitas heranças dessa época é o nome de algumas ruas, como a Leopoldo Couto Magalhães, uma das ruas mais sofisticadas do bairro, que leva o nome do antigo dono da propriedade. Ou a rua João Cahoeira, nome de um dos empregados da fazenda. Atualmente, o Itaim engloba uma grande área que inclui, por exemplo, Vila Olimpia, Vila Funchal e Brooklin Novo.

Considerado um dos melhores lugares para se viver em São Paulo, o Itaim é repleto de opções de gastronomia, lazer, serviços e infraestrutura. Alguns dos melhores shoppings da cidade estão dentro do Itaim ou muito próximo dele, como os shoppings Morumbi, D&D, Iguatemi e Eldorado. O badalado Jockey Club é outra atração para os moradores. A região conta ainda cmo uma divertida e agitada vida noturna, com boa parte dos melhores bares, restaurantes e casas noturnas da cidade.

O Itaim abriga uma das sedes da Rede Globo, o Credicard Hall, a Hípica Paulista, o Hospital e Maternidade São Luís e o World Trade Center São Paulo, um dos complexos empresariais mais importantes da capital paulista. A região também é cortada por grandes avenidas como: Brigadeiro Faria Lima, Juscelino Kubitschek, Bandeirantes, Santo Amaro, Nações Unidas, Engenheiro Luís Carlos Berrini e a Marginal Pinheiros.

A charmosa rua Leopoldo Couto Magalhães, que corta a avenida Brigadeiro Faria Lima, é dos pontos mais interessantes do Itaim. O local ganhou fama, principalmente, pela infinidade de restaurantes de ótima qualidade ali instalados. As opções são mais variadas, incluindo marcas tradicionais, como o Restaurante Baby Beef Rubaiyat e a Hamburgueria Nacional. A rua também conta com condomínios de alto padrão, a Casa Fasano Eventos e o Banco Cruzeiro do Sul.

Eu separei para você alguns dos projetos mais luxuosos que ficam no coração do Itaim. Conheça mais sobre esses projetos clicando nos links a seguir:

IT LEOPOLDO
ZENITH

Entre em contato agora mesmo e peça maiores informações:

Corretor Olimpio
(11) 9536-4198
olimpio@abyarabronline.com.br

Varandas: espaço charmoso, ideal para o lazer e o convívio


Receber os amigos para um divertido churrasco num ambiente exclusivo e descontraído. Relaxar depois do trabalho, numa rede ou num conformtável sofá, cercado por plantas. Preparar o jantar junto com os amigos, num espaço acolhedor e funcional. Tomar um sol na intimidade de um apartamento, deitado numa espreguiçadeira.

Prazeres simples como estes são cada vez mais comuns para quem conta com um terraço ou varanda gourmet no seu apartamento. Verdadeiros "quintais" instalados nas alturas e equipados com churrasqueiras e outras sofisticações, os terraços conquistaram definitivamente o brasileiro, especialmente nas grandes metrópoles como São Paulo. O consumidor, portanto, está aproveitando as varandas como um espaço útil para lazer, descanso, refúgio, reunir amigos, fazer um churrasco ou como extensão da sala de jantar.

Distante do agito e da insegurança das ruas, viraram tendência no mercado imobiliário e sonho de consumo do consumidor das classes média e alta. O conceito das varandas gourmets começou a nascer na década de 90, quando alguns empreendimentos passaram a instalar churrasqueiras nas sacdas dos apartamentos. A intenção era levar um pouco do conforto e da versatilidade da vida numa casa para os edifícios. Funcionou. A ideia foi tão bem aceita que os terraços com churrasqueiras passaram a ser vistos por muitos consumidores como um item tão importante - e indispensável - quanto suítes ou vagas na garagem.

Atualmente, comprar um apartamento sem uma boa varanda pode até dificultar uma futura venda do imóvel e prejudicar sua valorização. "Hoje em dia é difícil até encontrar apartamentos novos sem varandas. As pessoas exigem um ambiente no qual elas possam ter um pouco de verde, reunir amigos e relaxar", afirma o arquiteto paulista Marcelo Rosset.

Fenômeno brasileiro, os terraços gourmets têm sido um diferencial importante nas vendas de imóveis nos últimos anos. E já é possível encontrar este espaço charmoso e divertido até mesmo em apartamentos com área a partir dos 50 metros quadrados, apesar do recurso ter surgido inicialmente somente nos imóveis de alto padrão.

"Os terraços ampliam a área social dos apartamentos para além da sala de visitas, e por isso viraram um importante fator na escolha do imóvel. Isto acontece porque mais espaço para convivência com a família e amigos é cada vez mais valorizado, fazendo com que esse espaço exerça forte apelo emocional", explica Marina Otte, arquiteta de Santa Catarina.

Em muitos empreendimentos, o usuário opta até por fechar com painéis de vidro (fixos ou corrediços) as laterais da varanda, afastando os ruídos da rua e o mau tempo. E, com isso, ampliando ainda mais o ouso destes espaços. De acordo com Marcelo Rosset, "a popularização dos terraços deve-se a possibilidade de aumentar a área do apartamento e, ainda, à tendência das pessoas de levar mais verde apara dentro de suas casas".

A oferta cada vez maior de terraços gourmets vem proporcionando aos consumidores mais opções de conforto e sofisticação. Atualmente, nos imóveis de alto padrão já existem variações que incluem pias, cooktop (fogão eletromagnético), forno de pizza, choperia, frigobares, máquinas de gelo, caves para vinhos, cafeteiras, som ambiente e telas de LCD.

A área da varanda também pode ter diferentes aplicações, de acordo com o perfil de cada morador. Em alguns casos, o espaço é transformado num verdadeiro oásis para quem gosta de plantas, com incríveis jardins verticais, pequenas árvores e muitos vasos com flores. Dependendo da área disponível, é possível pensar até mesmo na instalação de uma ducha e aconchegantes decks de madeira.

Eu tenho o empreendimento imobiliário certo para o seu perfil. Entre em contato agora mesmo por telefone ou e-mail

Corretor Olimpio
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Zona Oeste: crescimento e valorização


A Zona Oeste de São Paulo, especialmente na área próxima da Cidade Universitária, concentra uma grande variedade de opções culturais  e de lazer e ainda oferece para seus moradores uma localização privilegiada. O acesso a outros bairros nobres é fácil, assim como a regiões empresariais de destaque, como a Avenida Brigadeiro Faria Lima, sede de empresas de grande porte. Este perfil tem atraído novos e sofisticados empreendimentos para a região e provocano forte valorização imobiliária.

A Cidade Universitária, sede da Universidade de São Paulo, maior universidade pública do Brasil, reúne várias atrações culturais, como o Museu de Arqueologia e Etnologia e o Museu de Arte Contemporânea. É uma área também muito disputada pelos esportistas que aproveitam suas ruas tranquilas e arborizadas para correr ou pedalar.

Outra atração imperível para quem vive nas proximidades é o Parque Villa-Lobos, que possui 732 mil m² de área verde, ciclovia, pista de cooper, quadras de futebol, playground, anfiteatro e o Complexo de Tênis. Ao lado do Parque Villa-Lobos fica o Shopping Villa-Lobos, um dos mais charmosos da cidade, com mais de 200 lojas, supermercado Pão de Açúcar e sete salas de cinema. O tradicional Jockey de São Paulo e o Instituto Butantã também ficam na região e estão entre os principais pontos turísticos da capital.

Um obra importante para a rgião é a construção da Linha 4 - Amarela do Metrô, que ligará a Vila Sônia ao bairro da Luz. Com extensão de 12,8km e 11 estações, a nova linha já conta com as estações Faria LIma e Paulista em funcionamento e, ainda neste ano, devem ser inauguradas as Estações Butantã e Pinheiros.

Conheça as grandes oportunidades da Região

Morar em uma região com tantos atrativos é realmente um grande privilégio. Por esse motivo, eu separei alguns empreendimentos que você não pode perder a oportunidade de conhecer. Veja a seguir:


Para maiores informações sobre um dos projetos acima basta entrar em contato por telefone ou e-mail.

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11 razões para o preço dos imóveis seguir em alta


Fonte: Exame.com
Por João Sandrini

Conheça os argumentos de quem acha que os valores dos imóveis no Brasil só vão parar de subir se houver alguma grande tragédia na economia

1 – Os preços subiram muito, mas não são absurdos
São Paulo – EXAME.com publica nesta quarta-feira a segunda reportagem da série sobre os preços dos imóveis no Brasil. Após mostrar ontem os sinais de que já pode haver uma bolha no mercado (clique aqui e veja), hoje serão apresentados os argumentos de quem acha que o país está apenas no começo de um longo ciclo positivo para o mercado imobiliário. O argumento número 1 desse grupo é que os preços não são nenhum absurdo mesmo após a alta recente. Para Fabio Nogueira, sócio-fundador da BFRE, os preços estavam errados até meados da década de 2000 – e não agora. A valorização dos últimos anos representou apenas uma correção após um período de quase 20 anos de defasagem em relação à inflação. A partir do momento em que a economia brasileira deu um salto e mudou de patamar, era natural que os preços dos imóveis se valorizassem. A realização de grandes eventos esportivos como a Copa (foto) e a Olimpíadas no país também ajudou o mercado em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo. Mesmo com a recuperação recente, há dados que comprovam que os preços ainda não são exagerados. Um estudo do banco JPMorgan, por exemplo, mostra que o valor dos imóveis no Brasil corresponde a 5,5 vezes a renda anual média das famílias. Na China ou Singapura, essa proporção chega a 11 vezes. Haveria, portanto, espaço para que os preços se mantenham em alta.
2 – A demanda por imóveis anda muito forte
Neste mês, a incorporadora Brookfield lançou o empreendimento One World Offices (foto) na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Todos os 830 escritórios e salas comerciais valiam 220 milhões de reais e foram vendidos em apenas cinco dias. Nos últimos anos, não têm sido raros os empreendimentos imobiliários vendidos com uma velocidade espantosa, tamanha é a demanda atual. Além do interesse de investidores por imóveis comerciais, o apetite de todas as classes sociais por moradias melhores também anda muito superior ao das duas décadas anteriores. Para o americano Peter Turtzo, vice-presidente da Sotheby’s International Realty, o programa Minha Casa, Minha Vida estaria por trás desse fenômeno. Os subsídios governamentais aliados às facilidades de crédito permitiram que muita gente tivesse acesso à compra da primeira casa própria. Já as outras escalas da pirâmide passaram a ter a oportunidade de dar um passo adiante e vender a atual residência para comprar uma melhor. Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff lançou o programa Minha Casa, Minha Vida 2 e prometeu a construção de mais 2 milhões de casas populares. Estariam dadas as condições, portanto, para que a demanda por residências continue forte ao menos até 2014. O desaquecimento no ritmo de venda dos imóveis em São Paulo no primeiro quadrimestre, mostrado por números do Secovi e do Creci, não seriam motivo de preocupação. “A queda nas vendas é apenas efeito sazonal de um Carnaval que veio em março”, diz Gonzalo Fernandez, presidente da imobiliária Fernandez Mera. “As incorporadoras adiaram alguns lançamentos no início deste ano, mas a demanda segue robusta.”
3 – Há espaço para o crédito imobiliário crescer
O crédito imobiliário tem crescido muito rápido no Brasil, mas ainda é pequeno quando comparado ao de outros países. No Brasil, os empréstimos para a compra de imóveis somam cerca de 5% do PIB – contra 11% do México e 18% do Chile. É lógico que cada país tem suas idiossincrasias, mas é inegável que os números provam que ainda há espaço para crescimento. Fabio Nogueira, sócio-fundador e diretor da BFRE, cita outros números para mostrar que o Brasil ainda está longe de uma bolha do crédito, como as que estouraram nos Estados Unidos e na Europa em 2008. Os financiamentos custam ao menos 11% ao ano por aqui (entre custos com juros e seguros), contra 4% no exterior. Em média, o brasileiro toma 62% do valor do imóvel emprestado e coloca outros 38% do próprio bolso. O prazo médio dos financiamentos é de 15 anos – apesar de os prazos máximos oferecidos pelos bancos já chegarem a 30 anos. Aqui somente os bancos e as incorporadoras financiam os imóveis e não é possível tomar mais de um empréstimo por pessoa nem financiar um valor que supere o do próprio bem. Apesar de mais agressivas, as instituições financeiras brasileiras continuam bem mais criteriosas que as americanas, que liberavam financiamentos para um público ironicamente apelidado de NINJA (No Income, No Job or Asset). Como muitos brasileiros colocam dinheiro do próprio bolso para comprar imóveis, terão motivos para lutar e pagar as prestações até o final, evitando que os imóveis sejam retomados pelo banco em um eventual momento de dificuldade. Além disso, quando tiverem imóveis já próximos de serem quitados, não vão vendê-los a qualquer preço como ocorreu nos EUA e deverão esperar até a chegada de outro momento favorável no mercado. “Só uma alta alavancagem pode fazer com que os preços despenquem 50% como nos EUA”, diz Fabio Nogueira. “Não vejo isso ocorrendo no Brasil nem se houver uma freada brusca na economia.”
4 – Faltam imóveis comerciais no Brasil
A oferta de imóveis é pequena para atender a demanda em praticamente todos os segmentos do mercado brasileiro. No entanto, entre imóveis comerciais, há uma abundância de números que sustentam a visão de escassez. Segundo André Rosa, diretor de vendas e investimentos da consultoria Jones Lang LaSalle, todo o estoque de prédios de escritórios de alto padrão destinados a abrigar grandes empresas em São Paulo soma 2,6 milhões de metros quadrados. Isso é apenas uma pequena fração do inventário de Nova York (22 milhões de metros), Washington (16 milhões) ou Boston (8,6 milhões). É a própria escassez que tem levado as grandes empresas a fechar contratos de pré-locação em edifícios que só ficarão prontos daqui a vários meses. “Dos três edifícios de alto padrão na avenida Faria Lima que serão entregues neste ano, um está 100% locado e dois estão com 70% dos contratos já fechados”, diz Fernando Faria, vice-presidente da consultoria CBRE. “Em um mercado equilibrado, o edifício teria apenas 30% de ocupação no momento da entrega das chaves.” Esse problema pode ser observado nas sete principais capitais brasileiras, que possuem taxas de vacância em edifícios corporativos inferiores a 6% do estoque. Nem mesmo o grande número de entregas previstas para 2011 e 2012 deve ser suficiente para mudar o cenário. “Falta tudo para as empresas brasileiras. Não temos escritórios, galpões industriais, centros de distribuição, lojas nem hotéis em número suficiente”, diz André Rosa, da Jones Lang.
5 – O câmbio influencia a visão de que os imóveis estão caros demais
Os aluguéis dos imóveis estão caros no Brasil quando comparados aos cobrados nos Estados Unidos, por exemplo. Mas o câmbio tem um papel importante nessa conta. “Se o dólar não estivesse desvalorizado, não chegaríamos a essa situação de haver imóveis para locação mais baratos em Manhattan do que em São Paulo”, diz Fernando Faria, vice-presidente da CBRE. Portanto, o ajuste dos preços ao que pode ser considerado normal pode acontecer sem a desvalorização dos imóveis no Brasil, mas apenas com o fortalecimento do dólar em relação ao real. André Rosa, da Jones Lang, também lembra que os preços dos aluguéis cobrados hoje estão dentro do que as empresas brasileiras são capazes de pagar. Ele lembra que a imensa maioria dos contratos de locação fechados no país tem uma cláusula de “early termination”. Se achar que o preço está acima de suas possibilidades ou de um patamar considerado justo, o locatário pode pagar uma multa e devolver o imóvel ao proprietário. “Essa legislação funciona como uma proteção contra bolhas”, diz Rosa.
6 – Os preços dos terrenos empurram os imóveis para cima
Em cidades como Rio de Janeiro ou São Paulo, as grandes incorporadoras têm protagonizado uma competição ferrenha por terrenos. Os espaços disponíveis para novos empreendimentos em áreas centrais dessas cidades são raros. Em geral, os poucos terrenos que ainda sobram ou não estão à venda ou possuem diversas pendengas jurídicas. “Com o atual preço dos terrenos, não vejo como as incorporadoras possam cobrar menos pelos imóveis”, diz Gonzalo Fernandez, presidente da Fernandez Mera. “Acredito, inclusive, que os preços dos lançamentos que serão feitos no segundo semestre serão 10% ou 15% maiores para refletir o aumento dos terrenos no ano passado.” Há poucos dados sobre os preços de áreas desocupadas nas metrópoles, mas Fernandez estima que os valores praticamente dobraram nos últimos dois anos. Uma prova de como o terreno influencia o custo final de uma obra é o bairro do Morumbi. Como ainda há diversos terrenos disponíveis por lá, os preços dos imóveis têm subido bem menos que nas regiões centrais de São Paulo.
7 – A Prefeitura de São Paulo contribui para a escassez
Um dos culpados pela falta de terrenos na cidade de São Paulo é a própria Prefeitura. Desde a década de 1970, o poder público tem tomado medidas para restringir cada vez mais a ocupação do solo na cidade. Além das leis de zoneamento equivocadamente restritivas, as incorporadoras que estão dispostas a pagar as pesadas taxas exigidas pela Prefeitura para desenvolver projetos na cidade também têm encontrado dificuldades para comprar os títulos de outorga, já esgotados em vários bairros. As políticas, elaboradas com o objetivo de evitar os problemas de um adensamento exagerado, só agravaram problemas como o trânsito, já que obrigaram as incorporadoras a lançar empreendimentos cada vez mais longe. O resultado é que alguns terrenos hoje já representam entre 50% e 60% do custo de uma obra – e quem paga a conta é o comprador (clique aqui e entenda).
8 – Os custos da construção também sobem rápido
Não são apenas os terrenos que pressionam os preços dos imóveis. Aluguel de equipamentos, materiais de construção e contratação de mão-de-obra ficaram bem mais caros nos últimos anos. Para o vice-presidente da construtora Racional Engenharia, Marcos Santoro, não há como esses preços se acomodarem em um ambiente em que haverá grandes obras de infraestrutura sendo realizadas para a Copa e as Olimpíadas e com o atual boom imobiliário. O professor O João da Rocha Lima Jr., do Núcleo de Real Estate da Poli-USP, lembra que o avanço tão rápido dos custos tem criado dificuldades para as próprias incorporadoras avaliarem o valor justo de um imóvel no momento do lançamento. Muitas empresas acabam incluindo uma margem de segurança na hora de fixar o preço justo – o que encarece o imóvel para o consumidor. Mesmo assim, as incorporadoras não estão ganhando mais dinheiro. As margens de lucro das empresas, na verdade, estão sendo corroídas pela alta das despesas – tanto que as ações das maiores companhias do setor têm apanhado na BM&FBovespa.
9 – As incorporadoras sabem como fazer um imóvel caber no bolso do consumidor
Por mais que os preços tenham subido, as incorporadoras sabem muito bem como fazer uma residência caber no bolso dos potenciais compradores. Uma tendência do mercado imobiliário paulista, por exemplo, foi aumentar o número de lançamentos nas regiões mais afastadas do centro da cidade, onde os terrenos são mais baratos. A proporção entre lançamentos na capital e na região metropolitana já foi igual a 80%-20% no passado, mas hoje está bem próxima de 50%-50%. Em Jundiaí, a 60 km de São Paulo, por exemplo, os lançamentos dobraram nos últimos dois anos – e 30% dos compradores trabalham na capital. Outro artifício utilizado pelas incorporadoras foi reduzir o tamanho dos apartamentos lançados em bairros nobres e melhorar a área comum dos edifícios para que famílias possam se sentir bem e receber amigos mesmo morando em apartamentos de 50 metros quadrados. Para Gonzalo Fernandez, presidente da Fernandez Mera, quando os preços baterem em um teto no Rio de Janeiro e em São Paulo, provavelmente a incorporadoras vão concentrar seus lançamentos em outras capitais brasileiras. A busca por uma atuação mais forte longe dos grandes centros já começou e deve se intensificar nos próximos anos.
10 – O mercado de capitais vai permitir o crescimento do crédito imobiliário
Bancos e especialistas em crédito imobiliário já admitem que os recursos do FGTS e da caderneta de poupança já não serão suficientes para financiar o crescimento dos financiamentos a partir de 2013 se a liberação de empréstimos continuar se expandindo no ritmo atual. A redução da oferta de crédito poderia ser fatal para a escalada dos preços. Muita gente, no entanto, argumenta que existe no mercado de capitais brasileiro algumas alternativas para que bancos e construtoras possam captar recursos. A principal delas seria a securitização, uma operação por meio do qual os bancos repassam a investidores carteiras de créditos e levantam o capital necessário para realizar novos empréstimos. Para Fabio Nogueira, sócio-fundador da BFRE, o instrumento de securitização com maior potencial de crescimento no Brasil são os CRI (certificados de recebíveis imobiliários). Esses papéis foram regulamentados em 1997, passaram por diversos testes no Brasil, mas ainda não ganharam a escala necessária nem um mercado secundário com liquidez. Somente a Caixa Econômica Federal já fez uma oferta de CRI com valor mínimo de 10.000 reais e prioridade para a pessoa física. Mas com a queda dos juros e a necessidade dos bancos de captar dinheiro no mercado, diz Nogueira, o estoque de CRI no Brasil poderia crescer dos atuais 30 bilhões de reais para algo em torno de 300 bilhões de reais. Outra ideia em discussão é que os bancos possam emitir CDBs de longo prazo exclusivos para o mercado imobiliário que contem com incentivos fiscais. Um problema comum a todos os instrumentos de captação de recursos para o setor é a falta de interesse dos fundos de pensão, os grandes detentores de poupança de longo prazo no país. Nos últimos anos, essas instituições têm preferido investir no mercado de ações que em imóveis. “Se o governo atender ao pleito do setor e der isenção de Imposto de Renda para o CDB imobiliário, certamente haverá demanda dos investidores”, diz Joe Powell, da consultoria Crédito Imobiliário Fácil.
11 – Quase tudo custa mais no Brasil
A economia brasileira possui diversas ineficiências que contribuem para elevar o preço de praticamente tudo que é vendido por aqui. Não é à toa que os carros brasileiros sejam os mais caros do mundo e que os restaurantes nacionais cobrem preços muitas vezes superiores aos de Nova York ou Londres. Há toda uma conjuntura macroeconômica que explica esses valores. Os impostos são muito altos, assim como as taxas de juros. A competição na maioria dos setores não é suficiente para manter as margens de lucro das empresas em patamares interessantes para o consumidor. Somente a mão de obra ainda parece competitiva no Brasil – o que, para os assalariados, não é algo a se comemorar. O resultado é que, com exceção de alimentos, quase tudo no Brasil parece hoje mais caro que nos EUA. Por que com os imóveis seria diferente?

O empreendimento built to suit e sua expansão no Brasil


Fonte: biswangerbrazil.com

Portal VGV 08 de Junho de 2011 - O seguimento imobiliário no Brasil vem crescendo muito nos últimos anos, principalmente no que se refere aos grandes empreendimentos, como edifícios de escritório, galpões industriais, shoppings, universidades entre outros. Com este mercado altamente dinâmico surgem novos modelos que buscam adaptar custo e benefício, como o Built to suilt.

O primeiro no segmento educacional a adotar esse tipo operação na construção de seu campus foi o Ibmec São Paulo. A partir daí, esse modelo vem ganhando cada vez mais espaço no ramo imobiliário.

Os agentes dessa operação são: a) o locatário (empresário), que é o usuário final; b) o empreendedor, responsável pela coordenação e finanças do empreendimento, que também poderá ser o responsável pela construção; c) a construtora, que será a responsável, se não o for o empreendedor, pela construção nos moldes solicitados pelo usuário final; d) o consultor imobiliário, que representa o usuário final, cuidando da parte negocial e técnica do empreendimento e; e) o consultor jurídico, que dará assessoria e cuidará da elaboração dos contratos, que vai desde o contrato da realização da obra até o contrato de locação etc.

O Built to suit, em tradução lato significa “construído para servir”. Quando as grandes construtoras se deparam com o mercado imobiliário e se vêem diante de vários imóveis disponíveis que não atendem as suas necessidades, por não possuir as características que o construtor e/ou empresa procuram, realizam o contrato Buit to suit, no qual o empreendedor tem a possibilidade de locar um espaço, onde será construído um imóvel sob medida, que, após a conclusão da construção, também será o “incorporado” ao espaço que locou, tudo isso por tempo determinado. Ou seja, o empresário (“locatário”) interessado contrata com um terceiro (“locador”) a construção de um imóvel, de acordo com as suas especificações, “sob encomenda” e, no final da construção, passa a usar o imóvel, e a construtora passa a receber mensalmente o aluguel, que deve ser por um prazo determinado para que o empreendedor recupere seu investimento. Por isso, esse contrato é de longo prazo, em média entre 10 e 20 anos, para que o locador possa atender todas as necessidades solicitadas pelo locatário e cobrir todo o custo de investimento com a construção.

A grande vantagem da operação Built to suit é atender o interesse de ambas as partes do negócio: aquele que adquire o terreno para construir o empreendimento, que na maioria das vezes é do ramo imobiliário ou da construção civil; e a outra parte, que loca o imóvel feito sob medida, nos moldes específicos para atender as suas necessidades.

Contudo, no Direito brasileiro não existe disciplina jurídica para esse tipo de negócio, porque não se trata apenas de um contrato de locação regulado pela Lei nº 8.245/91. No entanto, essa acaba por ser a norma mais utilizada, por demonstrar-se mais próxima desse interessante negócio.

Todavia, há doutrinadores que defendem ser esse contrato do Built to suit totalmente atípico e sua regulamentação, disciplinada apenas pelo Código Civil em seu artigo 425 que diz: “Art. 425 – É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código.”

Os defensores dessa corrente entendem que não se pode aplicar aqui a Lei de Locação, por ser esta uma norma protetiva no que diz respeito a locador e locatário, enquanto, no contrato de Built to suit, as partes estão em total pé de igualdade, pois não há desequilíbrio financeiro, prevalecendo a autonomia da vontade das partes. Sendo assim, se houver alguma celeuma contratual ou algum fato que altere as condições pactuadas, ocasionando uma onerosidade excessiva para uma das partes, deverá ser aplicada a cláusula rebus sic stantibus, possibilitando revisão contratual, trazendo novamente para a relação jurídicas o equilíbrio pretendido.

Em síntese, o contrato de Built to suit possui duas etapas importantes: a primeira é o contrato da construção do imóvel, definindo as características desejadas pelo locatário (contratante); a segunda é entrega da obra e é a partir desse momento que se inicia o “contrato de locação”.

Para alguns, trata-se de um contrato regulado por lei especial e tendo também a aplicabilidade a Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/91), utilizando, no término do contrato de locação, e não sendo o caso de ação renovatória, a ação de despejo, cabível para retomada do imóvel. (Lei nº 8.245/91, art. 5º)

Prioridade para o segmento econômico


Fonte: Focando.com.br

Influenciado pelo crescimento da demanda interna a partir da ascensão da classe C, o setor hoteleiro vem aumentando a velocidade de sua expansão no Brasil, tomando como prioridade a categoria econômica.

Especialistas explicam que a proximidade dos megaeventos que serão realizados no País ajuda a impulsionar este mercado, ao acelerar a construção de empreendimentos, mas não é necessariamente o principal atrativo para os investidores.

A previsão é que sejam investidos R$ 7,3 bilhões até 2014 para a construção de 198 hotéis no Brasil, totalizando 46.296 apartamentos e geração de 31.729 empregos diretos.

As informações constam do levantamento da BSH Travel Research, que indica ainda que a maior quantidade de inaugurações e, consequentemente, de novas unidades habitacionais e geração de empregos, deve se concentrar nos anos de 2011 e 2013.

“O grande interesse hoje é o investimento no segmento econômico, voltado à classe C. A ascensão significativa da classe fez com que o foco hoteleiro se voltasse para atingir essa demanda”, afirma o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH Nacional), Enrico Fermi Torquato. “A grande aposta atual é centrada neste novo consumidor que está chegando ao mercado e que prioriza conhecer o País antes de fazer viagens internacionais”, acrescenta Torquato.

De acordo com pesquisa feita pela BSH, 198 novos empreendimentos hoteleiros deverão ser inaugurados no País até 2014.

Do total, os projetos ligados à categoria econômica detêm fatia de 39%, a maior entre todos os outros segmentos. Na Região Sudeste, o percentual é ainda maior, já que 50% dos projetos são de econômicos.

Para Colbert Martins, secretário nacional de Programas de Desenvolvimento de Turismo, do Ministério de Turismo (MTur), com a emergência da classe C, as viagens domésticas aumentaram muito, facilitadas também pelo acesso ao transporte aéreo.

“O crescimento econômico do País é a grande resposta para a demanda atual. O déficit de leitos em algumas cidades é exemplo desse movimento”, explica Martins. Ele destaca ainda a mudança de comportamento promovida pelo aumento da expectativa de renda. “Em vez de ir para casa de amigos ou parentes, os brasileiros passaram a frequentar hotéis”, enfatiza.

A real necessidade de todas as construções previstas até 2014 é, entretanto, discutida por alguns especialistas, na tentativa de evitar que possíveis leitos ociosos levem prejuízos às redes, após a realização dos grandes eventos no País.

De acordo com o ex-ministro do Turismo e presidente da São Paulo Turismo, Caio Carvalho, a alternativa é o fortalecimento não apenas do turismo interno, mas também entre os países vizinhos na América do Sul. “Essa opção é válida porque é menos sazonal do que a dependência das competições esportivas ou grandes shows, tornandose uma garantia maior para os empresários”, diz.

Considerando as redes hoteleiras com objetivo de investir no País, a Accor Hospitality é a que pretende abrir mais empreendimentos (73), com a maior quantidade de Unidades Habitacionais (UHs), 10.417.

Em seguida, aparecem a Atlantica, com 24 empreendimentos; a Allia Hotels, com sete hotéis, a Blue Tree Hotels, com cinco, InterCity, com quatro, e BHG, com três construções.

No mapa de investimentos para o período de 2011 a 2014, é na Região Nordeste que está a maior quantidade de apartamentos, com 25.350 unidades.

“O Nordeste supera em leitos porque 77% de seus projetos são resorts e, normalmente, eles oferecem maior estrutura e UHs que outras categorias, bem como necessitam de mais colaboradores”, explica o presidente e fundador da BSH International, José Ernesto Marino Neto.

O Sudeste, porém, concentra o maior número de hotéis previstos para os próximos três anos. Serão 76 dos 189 empreendimentos planejados no País, que irão ofertar 12.998 unidades habitacionais. A estimativa, ainda segundo a pesquisa, é que sejam investidos aproximadamente R$ 2,1 bilhões nas 76 construções, que serão responsáveis pela geração de 7.073 empregos após inauguradas.

Somente o Rio de Janeiro, cidade sede da Copa de 2014 e anfitriã da Olimpíada de 2016, concentrará 17 novos empreendimentos, a maior quantidade prevista entre todas as cidades do País. “O alto número leva em conta, além da realização dos eventos esportivos, a necessidade de diversificação da oferta atual, que é restrita em períodos de alta ocupação, e a importância financeira na rota do petróleo”, destaca o levantamento.

O secretário estadual de Turismo do Rio de Janeiro, Ronald Ázaro, explica que, durante muito tempo, a construção de hotéis na capital ficou desestimulada, principalmente por conta de uma legislação muito rígida.

Com isso, sua capacidade hoteleira não conseguiu acompanhar o rápido crescimento econômico do País e o potencial turístico da cidade, intensificado principalmente após a instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

“Havia realmente um déficit entre oferta e demanda na cidade, mas, a curto prazo, não há dúvidas de que vamos conseguir atender toda essa grande demanda potencial de turistas”, diz Ázaro. Ele cita que, embora a ocupação média dos hotéis na cidade gire em torno de 72% atualmente, há épocas, como o fim de ano, em que alcança os 100%.

FINANCIAMENTO. Com objetivo de atender ao número maior de solicitações de financiamento para construções e reformas, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou, no início do mês, que planeja dobrar o orçamento do ProCopa Turismo até o fim do ano. O programa, que atualmente conta com R$ 1 bilhão em crédito, passará a disponibilizar R$ 2 bilhões.

A linha foi lançada em fevereiro de 2010 e deve vigorar até dezembro de 2012. Podem pleitear financiamento empresas de qualquer cidade do País.

Atualmente, a carteira de projetos do programa soma R$ 283 milhões, dos quais R$ 211 milhões se referem a iniciativas já aprovadas. Na lista constam também projetos de reforma, como a do Hotel Glória, do Grupo EBX, no Rio de Janeiro.

Além do ProCopa, lembram os especialistas, outras opções de financiamento são os fundos constitucionais regionais, que já dispõem de R$ 1,3 bilhão para empréstimos. O Fundo Constitucional de Financiamento do Norte, o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste e o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste têm a função de impulsionar o desenvolvimento dessas regiões.

O Banco do Brasil, o Banco da Amazônia e o Banco do Nordeste são responsáveis pela concessão de empréstimos com os recursos dos fundos.

“O governo brasileiro está fazendo todos os esforços para que não haja problemas de falta de leitos na ocasião dos eventos”, enfatiza o secretário nacional do MTur. “Prova disso são as linhas de financiamento com BNDES, o BB e outros bancos”, acrescenta.

Na avaliação do presidente da ABIH Nacional, entretanto, embora os fundos constitucionais apresentem condições ainda melhores que as do BNDES, seus termos de garantia e as exigências afastam o pequeno e médio investidor. “Tornaram-se uma linha de crédito somente para grandes investidores, para quem já tem recursos”, afirma.

Com a disponibilidade dos financiamentos, o Ministério do Turismo espera que a rede hoteleira nacional se adeque aos novos critérios estabelecidos no Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem (SBClass), que acompanha o padrão internacional.

A nova classificação, desenvolvida pelo Ministério do Turismo em parceria com o Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial (Inmetro), passará a valer no próximo mês.

O sistema adota a simbologia de estrelas, em uma escala que varia de uma a cinco, para identificar as categorias nas quais serão classificados os tipos de hospedagem.

A utilização do símbolo, de acordo com a portaria, será exclusiva dos empreendimentos submetidos ao processo de classificação.

Para Torquato, o sistema levará competitividade ao setor.
“É um aval para quem está sempre buscando qualidade”, diz. Já o ex-ministro do Turismo alerta que a medida funcionará apenas se houver fiscalização ativa e constante, além de orientação a quem gerencia os empreendimentos, planos de auxílio e incentivo às melhorias. “Todo esse movimento ainda está muito no começo, mas acho que só tem a acrescentar”, comenta Carvalho.

DESAFIOS. A qualificação da mão de obra é apontada como um dos principais entraves por não ter acompanhado a velocidade de crescimento do setor.

Para modificar esse cenário, o Ministério do Turismo investiu R$ 440 milhões para qualificar 306 mil profissionais, por meio do programa Bem Receber Copa.

“Com a iniciativa, teremos nível de excelência nos serviços, tendo em vista que o “bem receber” já faz parte do dia a dia do brasileiro”, afirma o presidente da ABIH.

Segundo o secretário nacional do Mtur, os investimentos poderão aumentar, se necessário.

“O programa é só o começo. A decisão da presidente Dilma Rousseff é que, se for preciso, ampliaremos a capacitação”, diz Martins. Segundo dados do ministério, em 2010 o Bem Receber ofereceu 75 mil vagas para 63 cursos nos 12 estados onde serão realizados os jogos da Copa de 2014.

Além da capacitação, outro gargalo a ser solucionado diz respeito à infraestrutura, de acordo com o ex-ministro do Turismo. “Precisamos de mais atenção principalmente sobre a questão aeroportuária, que é um dos maiores problemas”, diz Caio Carvalho.

terça-feira, 21 de junho de 2011

6 sinais de que já pode haver uma bolha imobiliária no Brasil


Fonte: Exame.com
Por João Sandrini

Veja os argumentos de quem acha que os preços dos imóveis já foram longe demais

Bolha imobiliária ou um longo ciclo de alta?
São Paulo – No primeiro quadrimestre deste ano, as vendas de residências novas na cidade de São Paulo caíram 43,7% em relação ao mesmo período de 2010. No mercado de usados, a queda foi de 15,7%. A divulgação de retrações tão representativas pegou o mercado imobiliário de surpresa. Muita gente pegou carona nesses dados para apregoar que os preços dos imóveis estão completamente descolados da renda dos brasileiros. Haveria razões para uma correção de preços parecida com a que ocorreu nos Estados Unidos (foto). Ao conversar com diversos especialistas, entretanto, EXAME.com percebeu que está longe de haver um consenso sobre a existência de uma bolha imobiliária no país. Tanto aqueles que defendem que os preços já foram longe demais quanto os que acham que este é apenas o início de um ciclo longo de alta são capazes de apresentar argumentos razoáveis para defender suas posições. Nas próximas páginas, EXAME.com apresenta seis sinais de que já existe uma bolha imobiliária no Brasil e que os preços em breve começarão a cair. Nesta quarta-feira (22/06), serão publicados os 11 motivos para que os preços dos imóveis continuem em alta por mais alguns anos.

1. Os preços já subiram muito
Para especialistas, a única condição sine qua non para a existência de qualquer bolha é uma abrupta alta de preços. E é exatamente isso vem acontecendo no Brasil recentemente. Segundo levantamento EXAME/Ibope, os preços dos imóveis subiram em média 24,7% nos últimos 12 meses em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. É nada menos do que a maior alta do mundo no período, segundo dados da consultoria Global Property Guide. Se levado em consideração o desempenho do mercado imobiliário nos últimos três anos, as altas chamam ainda mais a atenção. O preço médio do metro quadrado subiu 96% em São Paulo e 120% no Rio de Janeiro desde janeiro de 2008, segundo o índice FipeZAP. Nos bairros de alto padrão, os preços já ficaram proibitivos para a classe média. No Jardim Paulistano, em São Paulo, o valor médio do metro quadrado chega a 9.008 reais, o maior da cidade. Já no Leblon (foto), no Rio de Janeiro, a média alcança impressionantes 14.481 reais por metro quadrado (clique aqui e veja os bairros mais valorizados do país). Os preços são tão altos que muitas vezes superam os de cidades americanas como Miami e Nova York (clique aqui e veja).

2 – Os aluguéis de escritórios de alto padrão estão entre os mais altos do mundo
Não são apenas os imóveis residenciais que já estão com preços altos quando comparados aos de outros países. O aluguel de edifícios comerciais de altíssimo padrão, voltados para abrigar escritórios de grandes empresas, também já está entre os mais custosos do mundo. Segundo a consultoria Colliers, a locação do metro quadrado em prédios no Rio de Janeiro custa em média 85 dólares por mês. Em São Paulo, sai por 75,60 dólares. Esses valores não são mais altos que os cobrados em grandes cidades como Hong Kong (172,20 dólares por metro), Tóquio (94,20), Paris (91,60) e Londres (89,50). Por outro lado, superam com folga os aluguéis em metrópoles, como Nova York (58,30 dólares), Sydney (57,80), Mumbai (55,80) e Milão (55,80). Cientes de que há pouca oferta de imóveis desse tipo no Brasil, os proprietários têm exigido fortes reajustes para a assinatura de novos contratos. Os maiores aluguéis na cidade de São Paulo são cobrados na região da avenida Faria Lima. Segundo a Colliers, para se instalar no edifício Plaza Iguatemi (foto), perto do shopping Iguatemi, por exemplo, uma empresa vai precisar pagar 200 reais mensais por metro quadrado. No Itaim, avenida Paulista, Vila Olímpia e marginal Pinheiros, o valor médio de locação também já supera 100 reais por metro. O que muitas empresas têm feito é levar suas sedes para outros bairros, quando isso é possível.
3 – O crédito imobiliário cresce tão rápido que pode faltar dinheiro
Ninguém duvida que o crédito imobiliário foi um fator importante para a alta recente dos preços dos imóveis no Brasil. Mais de 1 milhão de residências foram financiadas no último ano. Segundo números da Abecip (a associação dos bancos que oferecem crédito imobiliário), os empréstimos para a compra de imóveis cresceram 65% em 2010. O momento da economia tem favorecido a concessão de financiamentos. Com o desemprego em baixa e o aumento da formalização no mercado de trabalho, mais gente tem confiança e acesso a empréstimos com juros relativamente baixos quando comparados aos de outras modalidades de crédito. Os bancos também estão mais agressivos na concessão de financiamentos. Há linhas de crédito com prazo de pagamento de 30 anos em que o tomador só precisa desembolsar à vista 10% do valor do imóvel. O problema do crédito imobiliário no Brasil é que há poucas fontes de financiamentos para que os bancos levantem dinheiro para continuar emprestando. Hoje o “funding” dos bancos é basicamente formado por recursos da caderneta de poupança e do FGTS – mas, até 2013, esses recursos deverão se esgotar. O país já vem testando instrumentos de financiamento imobiliário de longo prazo no mercado de capitais, mas nenhuma solução já é considerada madura. Instituições financeiras como a Caixa Econômica Federal (foto) precisam, portanto, encontrar outras formas de captação de dinheiro barato ou então o crédito deixará de dar fôlego à alta dos preços.
4 – Comprar imóveis residenciais para alugar virou mau negócio
Para o professor William Eid Jr., coordenador do Centro de Estudos em Finanças da EAESP-FGV, o principal sinal de que há uma bolha de preços no mercado imobiliário brasileiro reside no fato de que o valor dos aluguéis é hoje proporcionalmente muito baixo quando comparado ao preço de venda das propriedades. Em média, um apartamento ou casa em São Paulo pode ser alugado por uma taxa mensal equivalente a 0,57% de seu valor, segundo o índice FipeZAP. No Rio de Janeiro, o retorno do aluguel é ainda mais baixo. O locatário paga em média 0,43% do valor do imóvel ao mês. No passado, o mercado já chegou a pagar 1% do preço do imóvel a título de aluguel mensal. Para William Eid, valores abaixo de 0,6% praticamente inviabilizam esse tipo de investimento. É fato que os valores dos aluguéis têm subido para refletir melhor os preços de compra e venda de imóveis. Segundo o Secovi-SP, os novos contratos de locação fechados em maio incluem valores em média 16,74% mais altos que no mesmo mês de 2010. Segundo o professor, entretanto, o ajuste do mercado imobiliário deverá ocorrer a partir de agora com a queda do preço dos imóveis – e não com a alta dos valores de locação. “Como os brasileiros não têm renda para pagar aluguéis muito mais altos, uma hora o preço dos imóveis terá de cair”, diz.
5 – Especialistas já falam em bolha das salinhas comerciais
Nos últimos meses, milhares de pessoas investiram boa parte de suas poupanças na compra de salinhas comerciais ou escritórios de 40 a 200 metros quadrados em São Paulo. Para o professor João da Rocha Lima Jr., do Núcleo de Real Estate da Poli-USP, há “nitidamente” uma bolha nos preços de venda desse tipo de imóvel. Ele admite que os preços dos aluguéis das salinhas comerciais subiram muito nos últimos anos porque faltou oferta. “Mas milhares de imóveis desse tipo vão entrar no mercado até 2013. O erro do investidor é achar que o momento de alta dos preços vai durar para sempre”, diz. Só a expectativa de que seja possível conseguir aluguéis equivalentes a 1% do preço do imóvel ao mês por longos períodos de tempo pode explicar que em bairros como a Vila Mariana algumas salinhas estejam sendo vendidas a 12.000 reais o metro quadrado. “O cara compra uma salinha de 40 metros quadrados achando que vai obter um aluguel de 4.800 por mês, mas é óbvio que não vai”, diz Sandra Ralston, vice-presidente da consultoria Colliers. “O problema é que muita gente tem se endividado para fechar esse tipo de negócio e corre o risco de ter o imóvel retomado pelo banco lá na frente.” Diversos especialistas já comparam a atual onda de lançamentos de salinhas à bolha dos flats (fotos) de 20 anos atrás. Na década de 1990, muita gente comprou esse tipo de produto porque se disseminou no mercado a ideia de que seria fácil obter aluguéis vantajosos. Anos depois, milhares de flats esperavam vazios a chegada de um locatário. Muitos deles tiveram de passar por reformas para serem transformados em apartamentos de um quarto e atender a demanda do mercado. No caso das salinhas comerciais, uma adaptação desse tipo seria muito complicada. Portanto, antes de comprar uma salinha recém-lançada, alertam os especialistas, o investidor deve estar ciente de que o investimento só começará a gerar renda dentro de ao menos dois ou três anos. Até lá, o mercado pode virar completamente. Não acredite nos anúncios de salas comerciais que têm sido publicados nos jornais e que prometem uma renda mensal de 140 reais o metro quadrado para imóveis localizados em bairros sem nenhuma vocação comercial. O investidor deve ser seletivo e comprar imóveis desse tipo somente em áreas atraentes para pequenas empresas e profissionais liberais – como as avenidas Paulista e Faria Lima ou próximos a grandes shoppings ou estações de metrô.
6 – Os preços sobem apesar dos juros em alta
Juros em alta são sempre uma política adequada para desmontar bolhas – seja no mercado imobiliário ou acionário. A lógica é a seguinte: se é possível conseguir uma remuneração bem interessante com investimentos de renda fixa em que o risco é próximo de zero, por que alguém vai se aventurar a especular com ações ou imóveis? Ao menos na bolsa, a decisão do Banco Central (foto) de elevar os juros de 8,75% para 12,25% ao ano nos últimos meses tem tido efeito. Inclusive as ações das maiores incorporadoras do país estão entre as que mais sofreram na BM&FBovespa nos últimos meses. Estranhamente, o mercado imobiliário andou na contramão e não se importou muito com o aperto monetário. A Selic tende a continuar alta nos próximos meses, o que deve aumentar ainda mais a atratividade da renda fixa. Diz o professor William Eid, da FGV: “Se alguém tem 1 milhão de reais e coloca o dinheiro na poupança, vai obter um rendimento líquido e certo de 6.000 reais por mês. Em lugares como São Paulo, esse dinheiro é suficiente para comprar um imóvel que pode ser alugado por 3.000 ou 4.000 reais. Então por que correr risco e compra-lo ao invés de aproveitar os valores baixos para locação?” Na opinião dele, os preços dos imóveis naturalmente cairão à medida que as pessoas percebam essa distorção.