quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

BTG estuda ter uma participação na BR Malls


Fonte: Valor Econômico

O BTG Pactual estuda a compra de uma participação na BR Malls, líder do setor de shopping centers no Brasil em área bruta locável (ABL), segundo uma fonte a par do assunto. "O banco pode se tornar sócio da empresa. Não precisa ser necessariamente, o principal acionista", afirmou.

Procurado pelo Valor, a direção do BTG negou enfaticamente o interesse, enquanto uma fonte da GP, principal acionista da BR Malls, disse desconhecer negociações nesse sentido. "Se o BTG quer uma participação, nada o impede de ir a mercado e comprar, pois o capital da companhia é bem pulverizado em bolsa. Só não sei se isso faz sentido", disse. Ou comprar participação relevante de algum acionista individual.

Com ações no Novo Mercado da Bovespa, a BR Malls tem entre os seus principais acionistas individuais o HSBC Investments (6,87%) e Richard Paul Matheson (4,96%), presidente do conselho de administração da companhia. Ontem, a BR Malls valia R$ 6,3 bilhões na bolsa. No seu portfólio estão empreendimentos como Shopping Villa-Lobos, em São Paulo, e Fashion Mall, no Rio.

As conversas acontecem em paralelo a uma nova operação de empréstimo para a rede de eletroeletrônicos Casa & Video, que poderá dar ao BTG direitos de acionista na varejista. A ideia do BTG é fortalecer a rede e, dentro de um ano, tentar vendê-la por um valor maior do que seria obtido hoje. Uma "due dilligence" na Casa & Vídeo está sendo feita pela Ernst & Young e pelo escritório de advocacia Barbosa Müsnich Aragão.

Com participação em 38 shoppings, a BR Malls soma 1,1 milhão de metros 2 de ABL. No acumulado dos nove primeiros meses de 2010, a empresa registrou receita líquida de R$ 360,5 milhões e lucro líquido de R$ 205,8 milhões.

Se concretizar, uma participação societária na BR Malls seria a mais nova investida da área de "merchant banking" do BTG, responsável por administrar os investimentos de longo prazo do grupo. No portfólio da área estão a Mitsubishi Motors do Brasil, a Suzuki Motors do Brasil, Derivados do Brasil (postos de combustível Viabrasil), Estapar (administradora de estacionamentos), Rede DOr (hospitais) e Brazil Pharma (farmácias).

Até o momento, as farmácias concentram o principal negócio do BTG no varejo. Criada em setembro de 2009, a partir da compra das 396 lojas da Farmais, a Brazil Pharma hoje soma 660 pontos de venda em 12 Estados. Em 2010, o faturamento da empresa beirou o R$ 1 bilhão.

"A estratégia do banco foi adquirir o primeiro ou segundo maior varejista farmacêutico de outras regiões, fora do Sudeste, o mercado mais concorrido", diz uma fonte do setor.

Assim, a Brazil Pharma comprou a Farmais, a maior franquia nacional em redes de farmácias, a Rosário Distrital, líder no Centro-Oeste, a Guararapes, que era dona dos pontos da Farmácia dos Pobres e é a líder do setor em Pernambuco, e a Mais Econômica, a segunda maior da região Sul do país, depois da gaúcha Panvel.

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