domingo, 28 de fevereiro de 2010

Oferta de imóveis para baixa renda cresce 350%

Fonte: Jornal do Comércio / RS citando Agência Estado

Os lançamentos de imóveis para a baixa renda dispararam na Região Metropolitana de São Paulo. De 2005 a 2009, a oferta mais do que triplicou. O crescimento foi de 350%, segundo dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp). Já o número de lançamentos para quem tem altíssimo poder aquisitivo e pode pagar a partir de R$ 2 milhões por uma casa ou apartamento tem encolhido. Caiu de 265 unidades em 2005 para 113 no ano passado. De 2008 para 2009, a queda foi ainda maior, com uma diferença de 246 unidades de um ano para outro.
Ainda não falta habitação para quem tem milhões de reais para gastar, mas a queda na procura fez com que as construtoras desacelerassem o ritmo de projetos para a classe A e se voltassem para os imóveis de dois dormitórios. O programa federal Minha Casa, Minha Vida, lançado há quase um ano, foi um dos estímulos à habitação popular, segundo Luiz Paulo Pompéia, presidente da Embraesp. O projeto prevê a entrega de 1 milhão de moradias para a baixa renda.

Quando o plano foi apresentado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nem se cogitava um prazo para a meta ser cumprida. Mas a adesão das construtoras foi acima do esperado, ainda que tenha esbarrado na falta de pessoal na Caixa Econômica Federal, agente financiador do programa. Agora, segundo a direção da Caixa e alguns representantes das construtoras e incorporadoras, a meta de Lula deve ser batida antes do fim do ano.

A execução antecipada do programa e o bônus eleitoral para o partido governista fizeram com que Lula anunciasse, na última sexta-feira, durante visita a El Salvador, que vai incluir a construção de mais 1 milhão de casas na segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), previsto para ser apresentado em março. Além do Minha Casa, o aumento de linhas de crédito para as construtoras e os mutuários, especialmente por parte dos bancos públicos, como Caixa e Banco do Brasil, motivou o setor imobiliário a se voltar também para a baixa renda. Em 2003, os recursos da caderneta de poupança financiaram 30 mil contratos imobiliários. No ano passado, foram 300 mil.

Em 2010, diz o economista-chefe do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi), Celso Petrucci, a concorrência será ainda maior por causa do interesse dos bancos privados em ganhar espaço num setor em crescimento. Com isso, o mutuário poderá se beneficiar de juros e condições contratuais melhores. As construtoras que aderiram logo de início ao segmento de baixa renda já faturam alto. A Gafisa encerrou 2009 com vendas contratadas de R$ 3,248 bilhões - R$ 1,361 bilhão veio de contratos assinados com a Tenda, braço popular da empresa. O presidente da Gafisa, Wilson Amaral, acredita que neste ano a participação da Tenda chegará a 45%, com até 80% dos negócios vindos do Minha Casa.

Para calcular o desempenho nos dois segmentos de renda, Pompéia definiu alguns critérios. Primeiro, levou em consideração para os imóveis populares o teto de R$ 130 mil, valor máximo das residências incluídas no Minha Casa. Depois, transformou a cifra em salários mínimos, chegando a 280 salários. Ele usou o período entre abril (mês de início do programa ) e dezembro para medir o número de lançamentos.

No caso dos imóveis de luxo, Pompéia fixou o preço de R$ 2 milhões. "Depois de tantos lançamentos nos últimos anos, a demanda pelo luxo está quase totalmente atendida. Em 2007 e 2008, a quantidade de lançamentos foi absurdamente grande, uma verdadeira aberração em relação à necessidade para o dois dormitórios", avalia. Pompeia explica que a produção de imóveis para a baixa renda foi tímida entre 2006 e 2008, "justamente para a fatia que apresenta maior demanda". O presidente do Secovi, João Crestana, acredita que haja muita oportunidade para crescer com os projetos do Minha Casa. Segundo ele, em São Paulo apenas 26% da meta de moradias do Minha Casa para quem ganha até três salários mínimos foi atingida. Para a faixa de seis a dez mínimos, chegou-se a 34% da meta de oferta de moradia do programa habitacional do governo federal. "Há algo errado. O valor do empreendimento não pode ser o mesmo no País todo. Em São Paulo os terrenos são mais caros", diz.

Pompéia tem uma opinião diferente: "Infelizmente, em alguns casos a indústria imobiliária se aproveita do teto de R$ 130 mil do Minha Casa para quem ganha até 10 mínimos e não oferece empreendimentos para as faixas mais baixas, em especial a de até três mínimos". Para Crestana, a faixa de zero a três mínimos de renda deve ser atendida também pelo poder público, seja por meio de crédito tributário ou terreno para as construtoras.

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