terça-feira, 16 de agosto de 2011

País convive com falta crônica de engenheiros


Fonte: Valor Online


Diretamente ligada ao crescimento do país, a engenharia começa a recuperar o glamour que desfrutava antes do apagão de investimentos dos anos 90. 

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em 2009, o Brasil formou 37.518 engenheiros, 16% mais que no ano anterior (32.143). O total de candidatos inscritos chegou a 603 mil, e 130 mil entraram na universidade. 

Esse avanço, porém, pouco significa quando se avalia a demanda do país por esses profissionais. Levando em conta que para cada milhão de dólares de investimento é necessário agregar um engenheiro à força de trabalho, só para a concretização do PAC serão necessários 500 mil engenheiros, calcula o professor e ex-reitor da USP Roberto Leal Lobo e Silva Filho, hoje diretor geral do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia. 

O gap ganha força quando a comparação é o mercado internacional. 

Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em 2008, na Coreia, formaram-se em engenharia 23,2% dos 397 mil jovens que concluíram curso superior, ou 92.392 profissionais. No Japão, são 19%, ou 129.570 engenheiros. No mesmo ano, no Brasil, 4,05% dos 800.318 formados em cursos superiores fizeram engenharia. Em 2009, eram 4,58%. 

O programa para aumentar o número de engenheiros no Brasil anunciado no início do ano pelo ministro Aloizio Mercadante, que prevê parcerias com Coppe, CNPq e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, está aquém do esperado, diz Antonio Figueiredo, interlocutor da Coppe com o governo para dar corpo ao programa. 

“Precisamos de 90 mil engenheiros por ano e estamos formando um terço disso.”

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