quarta-feira, 30 de março de 2011

Preço do imóvel comercial mais que dobra em Santos

Fonte: Folha de São Paulo

Construtoras prometem oito prédios comerciais modernos para receber empresas que seguem a Petrobras e o porto

O mercado de imóveis comerciais de Santos segue a toada de aumento de preços que embala os segmentos de terrenos e residências, depois de anos de estagnação.

O valor de venda do m² comercial na cidade, que girava em torno de R$ 2.500 em 2008, de acordo com a Herzog Imóveis Industriais e Comerciais, saltou para mais de R$ 6.000 nos lançamentos mais luxuosos.

"Mas é importante destacar que, até 2008, os imóveis em Santos tinham um padrão bem inferior ao dos que começam a ser lançados hoje", diz Simone Santos, diretora de serviços corporativos da imobiliária.

E também há reflexos na locação comercial.

Estudo feito para a Folha por consultoria imobiliária, projeta que o aluguel do m² em edifícios comerciais considerados classe A para os padrões da cidade suba cerca de 30% até o fim de 2012, passando dos atuais R$ 49 por mês para R$ 65.

Lembrando que, em Santos, muitos dos imóveis já considerados de bom padrão pela consultoria não oferecem tanta sofisticação quanto os que existem em mercados mais desenvolvidos, como os das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Está prevista, para o fim do ano que vem, a entrega de oito prédios comerciais apontados como classe A, sendo três voltados à instalação de grandes companhias - mais luxuosos - e cinco de escritórios para empresas menores.

Sete empreendimentos estão sendo construídas do zero, a maioria na orla. E um passa por reforma para modernização, no centro.

Hoje, há apenas quatro edifícios classe A, para os padrões de Santos, todos na orla, o que representa um estoque total de 29.000 m². Daqui a dois anos, serão 12, ou 130.000 m².

MAIS CONDIÇÕES

"Os prédios novos terão bem mais condições para acomodar as empresas que estão se instalando na cidade em razão do pré-sal e da expansão do porto”.

Vale destacar que, mesmo que a valorização prevista se confirme, os preços ainda estarão bem abaixo dos praticados hoje para imóveis considerados classe A em São Paulo (onde o valor médio de locação do m² está em R$ 92 por mês) e no Rio de Janeiro (com R$ 133 mensais).

"A Baixada passa por várias transformações. Era um elefante adormecido", diz Marcello Arduin, diretor de contrato da Odebrecht Realizações Imobiliárias, que lançou um empreendimento comercial no centro em 2010 e planejam erguer outros.

Mas há uma ressalva em relação aos aumentos de preços dos imóveis: "Há um limite. É um elástico que você tem de saber quando parar de esticar".

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