quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Empresas Alemãs pretendem investir no Brasil em 2011


Fonte: InfoMoney

SÃO PAULO - Um levantamento realizado pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha revela que quase 70% das empresas alemãs pretendem investir no Brasil no próximo ano.

“A conjuntura econômica brasileira está passando por um excelente momento e acreditamos que esse crescimento seja sustentável. As empresas alemãs vão participar dessa fase, comprovando mais uma vez o seu compromisso com o Brasil”, diz o presidente da Câmara Brasil-Alemanha, Weber Porto.

Economia

Os entrevistados estão otimistas em relação aos mais variados aspectos da economia e de suas operações. Mais de 80% avaliam a conjuntura econômica para os próximos seis meses como favorável e 75% consideram que as condições de investimentos estão entre favoráveis e extremamente favoráveis.

Em relação ao desenvolvimento do consumo, o número é ainda mais significativo: quase 92% têm essa percepção.

A maioria espera o aumento do PIB (Produto Interno Bruto) nacional neste ano e também em 2011. Em 2010, o otimismo é ainda mais generalizado, com previsão de alta de 7% Para os próximos anos, a expectativa é de crescimento entre 4% e 7%.

Investimentos

A pesquisa indica também que 70,6% das empresas pretendem investir em 2011, enquanto 29,4% preferem esperar as primeiras ações do novo governo.

Entre os que planejam futuros investimentos, 38% estimam aportes de R$ 10 milhões a R$ 100 milhões, 54,8% de R$ 1 milhão a R$ 10 milhões e 7,2% têm projetos de aportar acima de R$ 1 bilhão ou, no mínimo, R$ 100 milhões.

Um quarto das empresas entrevistadas receberá esses recursos da matriz e os outros 75% pretendem realizar estes aportes com recursos próprios.

Além disso, 90% têm a intenção de contratar funcionários em 2011, sendo que 40,4% irão contar com um a dez novos profissionais. Outros 26,7% devem contratar entre 11 e 51 funcionários, e 32,9% mais de 51 funcionários.

Preocupações

Apesar do otimismo, os empresários também se mostraram preocupações com setor privado no próximo ano. Temas como carga tributária, leis trabalhistas, infraestrutura e, sobretudo, câmbio, foram citados por eles.

Eles apontaram ainda os principais gargalos da competitividade nacional. O câmbio liderou, apontado como o principal obstáculo que o País precisa superar, com 62,7%. Foram citadas ainda a falta de mão de obra qualificada (26,5%), infraestrutura (23,5%), carga tributária e as leis trabalhistas (20,6%).

Os entrevistados emitiram mais opiniões quanto ao câmbio: 56,4% acreditam que uma desvalorização entre 15% e 25% seja o melhor cenário.

Sobre a pesquisa

A Pesquisa de Conjuntura Econômica com Empresas Alemãs passará a ser divulgada trimestralmente. Em sua primeira edição, foram entrevistados mil empresas associadas entre setembro e outubro de 2010. O objetivo foi levantar as tendências de mercado e empresariais.

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