terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Expansão do setor imobiliário no Brasil é sustentável, dizem especialistas


Fonte: Portal FGV

O aumento do crédito, associado à queda da inadimplência e às condições macroeconômicas favoráveis contribuíram para o superaquecimento do setor imobiliário no Brasil. Apesar de a expansão evocar a bolha norte-americana, esse crescimento é sustentado, afirmam especialistas entrevistados pela revista AméricaEconomia, que, em dezembro, traz um especial sobre o mercado.

De acordo com o presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), Luiz Antonio França, esse aquecimento tende a ser sustentável e prolongado. O executivo, no entanto, faz ressalvas quanto ao crédito imobiliário, uma vez que os empréstimos foram concedidos, até o momento, quase totalmente com recursos das cadernetas de poupança e do FGTS. “Em dois ou três anos, essas reservas se esgotarão e será preciso recorrer a novas fontes”.

Segundo o presidente do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), Sérgio Watanabe, esse impulso no segmento resulta de décadas de demanda reprimida, cuja curva se inverteu em 2004. “Paralelamente, as ofertas no mercado de capitais permitiram que pouco mais de 20 empresas do setor captassem cerca de R$ 20 bilhões, o que colocou tanto imobiliárias quanto incorporadoras em um patamar mais elevado”, observa.

O diretor da área de Crédito Imobiliário do Bradesco, Cláudio Borges, aponta uma das razões para o clima de otimismo no segmento. “O financiamento imobiliário tornou-se um produto extremamente confortável para se trabalhar. Não há especulação. Até 40% do valor total do negócio tem sido bancado com dinheiro da poupança. A pessoa compra porque realmente está realizando o sonho da casa própria”, diz.

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