quinta-feira, 19 de maio de 2011

Prédios comerciais são maioria entre empreendimentos sustentáveis



Fonte: Revista Infra

O mercado de construções sustentáveis no Brasil tem apresentado grande crescimento nos últimos três anos. Hoje, o país é o 5º no ranking mundial de empreendimentos verdes, sendo que em 2009 ocupava a 6ª posição. O levantamento feito pela organização GBC Brasil, responsável por fomentar esse mercado no país, mostra também que 50% dos prédios que hoje buscam certificação são comerciais.

“Isso se dá porque esse público está mais preocupado com o desempenho ambiental e econômico dos seus investimentos. Por isso, passam a exigir a construção sustentável que, apesar de um custo inicial maior, reduz sensivelmente os custos operacionais. Além das vantagens econômicas e sociais, esses empreendimentos aliam suas marcas com a sustentabilidade, o que é uma grande oportunidade do ponto de vista do marketing”, disse Marcos Casado, gerente técnico do GBC Brasil.

Entre as corporações pioneiras a ter empreendimentos admitidos para a certificação “Green Building” estão: agências bancárias (Banco Real), empresas (Morgan Stanley, Brasken, McDonald’s), prédios de escritórios (Eldorado Business Tower, WTorre Nações Unidas, Torre Santander), prédios de saúde (Delboni Auriemo, Fleury, Hospital Albert Einstein), supermercados (Pão de Açúcar Indaiatuba) etc. Todos eles receberam o certificado LEED (Leadership in Energy Environmental Design), selo internacional que atesta a sustentabilidade de edifícios.

Recentemente, o Edifício Jatobá também recebeu a certificação LEED. Localizado próximo à Estação Berrini em São Paulo, o prédio comercial adotou diversas ações visando redução dos impactos ambientais. O uso de algumas tecnologias, por exemplo, garantiu a economia de 33,4% de água potável. Para irrigação, a redução foi ainda mais expressiva: 58%. A construção apresentou também preocupação com a iluminação, gestão de resíduos e eficiência energética.

Os empreendimentos sustentáveis são importantes saídas para a sustentabilidade das grandes cidades. Apesar do investimento inicial ser um pouco maior, em torno de 2% a 7%, o retorno é imediato já que o consumo de energia é, em média, 30% menor; o de água reduz de 30% a 50% e há uma valorização do imóvel. Com o aumento do conhecimento desses benefícios, o GBC Brasil espera que em breve esses conceitos cheguem também às residências e condomínios.

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