quinta-feira, 31 de março de 2011

De olho no metrô, Rua dos Pinheiros pode virar Boulevard

Fonte: Diário do Comércio

A Rua dos Pinheiros, na zona oeste, é a mais nova via de São Paulo prestes a virar bulevar. A recém-criada Associação de Moradores e Empresários de Pinheiros (Amapi) quer calçadas mais largas e padronizadas, baias para estacionamento, bancos na frente de lojas, fiação elétrica aterrada e mais de 200 árvores plantadas em 1,7 km de via. A proposta é semelhante ao que foi feito na Oscar Freire em 2007.

Ainda sem projeto definido, a associação deu início à transformação da via de forma simbólica: plantando pinheiros. "É um absurdo que a rua, com esse nome, não tivesse sequer um pinheiro. Por isso plantamos duas mudas nas praças que delimitam a via", diz um dos fundadores da Amapi, Nelson Terra Barth, referindo-se às Praças Portugal e João Nassar.

Na reforma, a ideia é padronizar toda a rua nos moldes do que já foi feito no trecho próximo da futura Estação Fradique Coutinho da Linha 4-Amarela do Metrô. Lá, entre as Ruas Mourato Coelho e Mateus Grou, a fiação foi aterrada e a calçada, renovada. A reivindicação foi da Associação Comercial de São Paulo ao Metrô, que bancou a obra após deixar o trecho interditado por um ano, entre 2005 e 2006. Na época, diversos comerciantes abandonaram o local.

Um dos desafios do futuro bulevar é incentivar a circulação de pedestres na rua. "A não ser por alguns restaurantes, a movimentação da rua cai muito à noite. Queremos mais atividades culturais e trazer algumas livrarias", diz Barth. Mas ainda falta patrocínio. "Vamos tentar uma parceria com a iniciativa privada, além da ajuda dos comerciantes."

Espera. O bulevar não tem data para ficar pronto, mas os comerciantes da rua têm na ponta da língua o prazo ideal: perto da inauguração da Estação Fradique Coutinho, prometida para 2014. "Aguardamos ansiosamente por isso. Vai trazer um fluxo de pessoas que não existe hoje em dia", diz Graziela Ferreira Cabral, gerente de uma loja na frente do futuro metrô.

Mais adiante, o comerciante Glauco Félix acredita que a prioridade para a rua, muito antes de metrô ou bulevar, é encontrar uma solução para as enchentes. "Toda vez que chove aqui vira ponto de alagamento. Tem de resolver o problema."

Contra isso, a associação estuda repavimentar a via com um asfalto ecológico em desenvolvimento pela USP, mais permeável. A expansão da calçada feita de blocos intertravados, já usados em alguns trechos, também é pensada para facilitar o escoamento da água.

Movimento de rua é fator de valorização

Fonte: O Estado de São Paulo

SÃO PAULO - Quanto mais sossegada a rua, mais caro é o imóvel. Quanto mais movimentado o endereço, mais cara é a propriedade. Conversa de louco? Não, tudo depende do ponto de vista, ou melhor, do mercado do qual estamos falando. Se for apartamento ou casa residencial, quanto mais tranquilo o endereço em que está localizado, mais alto é o valor do metro quadrado.

Se o imóvel for uma loja, no entanto, o preço da locação estará diretamente ligado ao movimento da rua ou avenida em que se encontra. Quanto mais pedestres transitam por ela, quanto mais burburinho atrai, maior o seu valor. Prova disso é a popular 25 de Março, uma das ruas mais movimentadas de São Paulo – ela chega a atrair 1 milhão de pessoas por dia na época do Natal.

Segundo a corretora Valentina Caran, dona de imobiliária de mesmo nome, no "pedaço chique" do endereço (próximo ao Shopping 25 de Março) o valor do aluguel é de R$ 300 por metro quadrado. "A 25 de Março é popular, mas caríssima", afirma Valentina. "Grandes marcas querem se instalar lá, mas não conseguem devido à alta procura na área", revela.

O preço se equipara ao valor de locação do melhor trecho da Rua Oscar Freire (entre a Bela Cintra e a Haddock Lobo – a terceira mais valorizada). "Esse endereço, um dos mais sofisticados de São Paulo, está completamente saturado."

Ranking

Se incluirmos o shopping mais caro da cidade, o Iguatemi, os valores de locação tornam-se dignos do mercado internacional. Literalmente. Em 2010, o preço de locação desse endereço – R$ 643 o metro quadrado em junho – tornou-se o 11º no ranking dos alugueis comerciais mais caros do mundo. Os três primeiros da lista são a Quinta Avenida, em Nova York, a Causeway Bay, em Hong Kong, e o distrito de Ginza, em Tóquio. Os dados são de uma consultoria do mercado imobiliário sediado em Nova York.

"Todas as lojas de luxo querem estar no Shopping Iguatemi. E o valor de locação de uma loja de shopping é composto por aluguel mínimo, mais um porcentual sobre as vendas da loja, combinado entre o dono do shopping e o da loja", diz a gerente de pesquisas para a América do Sul, Mariana Hannania.

Segundo a corretora Valentina Caran, "em comparação com alugueis de lojas, os de escritórios são mais baratos". Os números seguem esse raciocínio. Salas comerciais e escritórios na Avenida Brigadeiro Faria Lima custavam, em média, R$ 134 o metro quadrado por mês no quarto trimestre de 2010, quando a consultoria fez sua última pesquisa. "O trecho mais caro fica entre as avenidas Juscelino Kubitschek e a Cidade Jardim, onde estão localizados os edifícios mais modernos, construídos a partir de 2002", informa Mariana. "São prédios inteligentes, com sistemas de segurança, eletricidade e ar condicionado integrados."

O segundo endereço mais caro é a Paulista (ao longo de toda a avenida), que vale R$ 104,3 o metro quadrado ao mês, seguido pela Avenida Juscelino Kubitschek (da Avenida Brigadeiro Faria Lima até a Marginal Pinheiros), por R$ 102,3.

Residenciais

Se ruas e avenidas agitadas puxam os valores para cima, o oposto acontece com imóveis residenciais. De acordo com a Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), as quatro ruas com o metro quadrado mais caro da cidade (entre R$ 15 mil e R$ 20 mil) para apartamentos são: Frederic Chopin, Franz Schubert, Seridó e Tucumã (as três primeiras ficam no Jardim América e a quarta no Jardim Europa). "Esses endereços são exclusivamente residenciais, tem pouquíssimo trânsito e não servem como corredor de passagem para outras vias centrais", diz o presidente da Embraesp, Luiz Paulo Pompéia.

O mesmo princípio vale para imóveis horizontais. Neste grupo, os três endereços mais valorizados da cidade são as ruas Guaiaquil, Porto Rico e Iucatã. Todas elas ficam no Jardim América e os preços dos terrenos vão de R$ 4 mil a R$ 5 mil o metro quadrado.

"Esses valores não incluem o preço do metro quadrado dos imóveis", explica Pompéia. "O valor do metro quadrado útil varia muito porque depende do estado de conservação do imóvel, idade, quem projetou a casa (um arquiteto famoso sempre conta pontos) e se possui requintes particulares, como piscina com aquecimento, automação e várias suítes."

Contrutoras tem R$ 2 bilhões para investir em Caieiras

Fonte: Valor Econômico

Assim que o governo Dilma Roussef definir as regras para a participação do setor privado na gestão de aeroportos, por meio de contratos de concessão, as construtoras Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez devem deslanchar um projeto estimado em R$ 2 bilhões para a construção de um aeroporto na cidade de Caieiras (SP).

A construção de um terceiro aeroporto na região metropolitana de São Paulo tem o apoio de especialistas no setor de aviação. O Brasil, na avaliação deles, precisa triplicar sua capacidade aeroportuária, principalmente no Estado de São Paulo, para não limitar sua expansão. Dos 15 principais aeroportos brasileiros, nove estão operando acima de suas capacidades, segundo levantamento da Bain & Company. Relatório da McKinsey cita que 13 dos 20 aeroportos brasileiros mais movimentados têm graves estrangulamentos.

Novos aeroportos, segundo especialistas, estimulam a concorrência. Na hipótese de o aeroporto de Guarulhos ser administrado pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero); o de Viracopos, por um grupo privado; o de Congonhas, pelo governo paulista, e o novo aeroporto de Caieiras, pelas duas construtoras, passageiros, empresas aéreas, exportadores, importadores e indústria do turismo só teriam a ganhar.

"Por mais que se fale em vôos diretos entre cidades secundárias, São Paulo é o centro do Brasil e tem carência de aeroportos, situação que só deve piorar daqui para a frente", diz André Castellin, sócio da Bain & Company e especialista para o setor de aviação.

Deslocar para o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), parte do tráfego aéreo de São Paulo, como já foi discutido, não seria a melhor solução, segundo avaliação de Castellini. "Fica muito longe. Nos principais centros metropolitanos do mundo nenhum aeroporto fica tão afastado da capital. O mais distante é o de Tóquio", afirma.

O governo estuda um modelo regulatório de tarifas sob o comando da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da nova Secretaria de Aviação Civil. "É importante ter capital privado envolvido na expansão de aeroportos, como a presidente Dilma já afirmou, já que o investimento necessário é colossal", afirma Castellini.

Atualmente, aeroporto é patrimônio da União e a gestão é feita pela Infraero. A legislação atual permite que a administração seja transferida para o setor privado por meio de contratos de concessão, como ocorre em aeroportos da Inglaterra e da Índia. Só que os empresários brasileiros querem regras claras, garantias e um novo marco regulatório, para estabelecer, por exemplo, as tarifas.

No Brasil já há casos de administração privada em aeroportos menores. A Sinart, por exemplo, administra o Aeroporto de Porto Seguro (BA), quarto colocado das regiões Norte/Nordeste em movimento de passageiros, e também os aeroportos de Lençóis e Teixeira de Freitas, no interior da Bahia.

Respício Espírito Santo, professor da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, entende que não é necessário alterar a atual legislação para que o setor privado participe dos investimentos em aeroportos. "Tanto o Código Brasileiro de Aeronáutica como a Constituição não vedam que existam aeroportos privados, desde que cumpridas às normas e exigências técnicas e operacionais relativas à segurança, e sejam respeitadas as competências normativas da Anac e do Departamento de Controle do Espaço Aéreo", diz.

Petróleo irriga a economia de Santos

Fonte: Portal IG

Por conta da exploração da maior bacia sedimentar brasileira de petróleo e gás no mar, a Bacia de Santos, a Petrobras já investiu na região US$ 15 bilhões – algo em torno de R$ 25 bilhões - em cinco anos. "Só no pré-sal, nossa previsão é investir US$ 33 bilhões (R$ 54,5 bilhões) até 2014", afirma José Luiz Marcusso, gerente-geral da estatal em Santos, no litoral paulista. A área do pré-sal se estende de Santa Catarina ao Rio de Janeiro.

Construções no bairro de Ponta da Praia dão uma mostra do crescimento proporcionado pela injeção de recursos da Petrobras

Marcusso diz que hoje há 24 sistemas em funcionamento na região de Santos, com cerca de 100 pessoas trabalhando em cada um. São 17 sondas de perfuração e equipamentos perfurando na área e mais sete sistemas produzindo petróleo e gás. "Três deles estão no pré-sal. É uma grande revolução", avalia o executivo. Cada um desses sistemas tem um barco de apoio. "São entre 3.000 e 3.500 pessoas no mar. E mais 1.000 pessoas em terra para dar suporte a essas operações", diz ele.

Toda essa movimentação está irrigando a cidade de Santos. Ela passa por um momento único de renovação. "Santos vive hoje o seu melhor cenário nos últimos 50 anos", afirma João Paulo Tavares Papa, prefeito da cidade. "Por isso, estamos nos preparando." Essa preparação, segundo ele, passa por projetos em parceria com a iniciativa privada e também com organismos de fomento.

A Petrobras, além de toda a operação, está construindo na área conhecida como Valongo, bem próxima ao Porto de Santos, sua sede para a região. Comprou por R$ 15,18 milhões um terreno onde irá erguer três torres. A primeira está orçada em cerca de R$ 400 milhões, deverá ficar pronta em 2013 e receber 2.200 pessoas. Em todo o complexo, que deverá estar construído até 2017, serão 6.100 funcionários.

Diante dos valores, Marcusso avisa: "Para perfurar cada poço, gastamos entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões. Um projeto total de petróleo e gás, dependendo do porte, passa de US$ 4 bilhões, US$ 5 bilhões".

Segundo o executivo da Petrobras, o plano para o pré-sal é que em 2017 a Bacia de Santos esteja produzindo 1 milhão de barris de petróleo equivalente por dia. "O Brasil levou de 1953, data da criação da Petrobras, até 1998 para atingir a média de 1 milhão de barris/dia", lembra.

O prefeito Papa não quer deixar escorrer um tostão de toda essa dinheirama. "A exploração do pré-sal chega a um momento em que a cidade já está bem posicionada. O que nos interessa é tirar o melhor proveito do nosso desenvolvimento e capacitar nossa mão de obra para a inteligência da exploração, para atuarmos na gestão", diz Papa.

O peemedebista tem feito diversos projetos, muitos deles em parceria com a iniciativa privada, para aproveitar a maré de recursos. A cidade é um canteiro de obras a céu aberto. Todos os dias surgem novas torres residenciais e comerciais. Há planos de uma nova ponte e áreas de armazenagem privada. "São sete hotéis em construção, prontos ou em projetos", afirma o prefeito. "Isso após 20 anos sem um único investimento no setor." Os negócios de menor porte, com mais dinheiro em circulação, estão crescendo exponencialmente.

Um dos planos ambiciosos da prefeitura é passar a explorar a área continental de Santos. A população da cidade é hoje de 420 mil habitantes, com crescimento de apenas 0,5% no último Censo, espremida nos 39 quilômetros quadrados da área insular. A renda per capital anual é de pouco menos de R$ 60 mil, segundo dados de 2008. Para serem explorados, há os 231 quilômetros quadrados da área continental disponíveis. Mas o prefeito ressalva que hoje apenas pouco mais de 4% podem ser ocupados – o restante faz parte do Parque Estadual da Serra do Mar ou é área de manguezais.

Já está na Câmara Municipal um projeto que amplia essa fatia a ser explorada para 8,7% do total continental, ou 20,16 quilômetros quadrados. É pouco, mas mais que a metade da área atual da cidade. "Essa área sempre foi considerada o futuro de Santos, pois tem um grande potencial para o desenvolvimento de atividades de apoio offshore", lembra Papa.

Projetos

Entre os planos para a nova área, diz o prefeito, está a ampliação do Porto de Santos, atividades retroportuárias – como documentação aduaneira e atividades ligadas ao comércio externo -, empresas que precisem de galpões para montar e desmontar seus produtos em área próxima ao porto, e um espaço para o Parque Tecnológico, recém-criado. "É preciso cuidar da ocupação voltada para o desenvolvimento econômico."

João Paulo Papa lembra que o orçamento da cidade para este ano é de R$ 1,4 bilhão, incluindo os gastos previdenciários com os servidores. "Para desenvolvermos a nova parte da cidade, o papel do setor público é preparar institucionalmente e legalmente o território", avisa. Dinheiro, só dos parceiros.

Márcio Lara, secretário de Desenvolvimento do município, lembra que, para atrair empresas ligadas à atividade de petróleo e gás, Santos reduziu a alíquota de Imposto sobre Serviços (ISS) de 4% para 2%. Outro setor beneficiado é o das empresas de sistemas tecnológicos e de call center, que tiveram a taxa de ISS cortada de 5% para até 2%. O benefício, inclusive, já atraiu duas gigantes, a Atento e a Tivit.

Lara afirma que a cidade planeja uma nova ponte, que irá abrir uma entrada por meio da Ilha Barnabé, facilitando o transporte com a área continental do município. Segundo ele, a Ecovias, companhia operadora do sistema Anchieta-Imigrantes, já mostrou interesse em participar da concessão.

O prefeito destaca que a autoridade portuária planeja triplicar a atuação do Porto de Santos, das atuais 80 milhões de toneladas por ano, para 240 milhões de toneladas, num projeto denominado Barnabé-Bagres. "O plano das Companhias Docas do Estado de São Paulo é estar com a obra pronta em cinco anos. É um projeto para cerca de R$ 10 bilhões", prevê Papa.

quarta-feira, 30 de março de 2011

A construção da PDG como uma marca nacional


Fonte: Exame

Após quatro aquisições em quatro anos, a PDG tornou-se a maior incorporadora do país. Agora, parte para um desafio inédito no setor: transformar suas seis marcas em uma

Poucas empresas souberam tirar proveito do excelente momento vivido pela economia brasileira como a incorporadora PDG. Surgida como um braço de investimentos do banco Pactual em 2003, a companhia adquiriu quatro empresas nos últimos quatro anos, tornando-se a maior do setor, com 10 bilhões de reais em valor de mercado. (A Cyrela, segunda colocada, vale 6,7 bilhões de reais na bolsa.)
 
Agora, passado o frenesi de aquisições, a PDG parte para seu mais novo desafio: construir uma marca nacional, algo inédito no mercado imobiliário brasileiro. As atuais seis marcas da incorporadora — PDG Realty, Goldfarb, Agre, CHL, Asa e LN — foram abandonadas e o nome da holding foi escolhido para batizar todos os empreendimentos, não importando o público para o qual eles se destinam.

Desde o final de fevereiro, todos os letreiros dos escritórios e os tapumes das obras da empresa passaram a estampar o novo logotipo da incorporadora. “Passada a onda de aquisições, era hora de parar e colocar a casa em ordem”, diz José Antonio Grabowsky, presidente da PDG. “Começamos pela marca, porque é a mudança que primeiro aparece para o cliente.”

A decisão de manter o nome PDG foi tomada após a realização de uma série de testes com 1 200 consumidores. A primeira leva ocorreu entre agosto e novembro de 2009. Nesse período, a consultoria Copernicus, especializada em marketing, entrevistou 400 pessoas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas que haviam adquirido um imóvel até três anos antes.

As conversas revelaram que 90% desses consumidores não se lembravam do nome da incorporadora responsável pelo apartamento comprado — muitos se referiam à Caixa Econômica Federal como dona do projeto ou lembravam apenas da imobiliária envolvida na venda. A partir daí, os executivos da PDG decidiram que era necessário construir uma marca única, reduzindo, assim, as chances de diluir ainda mais a atenção de potenciais compradores.

Na segunda bateria de testes, realizada com 20 grupos de, em média, dez pessoas cada um nas mesmas cidades entre janeiro e julho de 2010, os pesquisadores apresentaram seis marcas aos entrevistados — cinco fictícias e a própria PDG. Como os atributos mais valorizados nessas conversas eram solidez e capacidade de entrega, a empresa decidiu manter o nome que já tinha, aproveitando a herança de sua origem no mercado financeiro.

Com uma diferença: a sigla PDG, que nasceu como Pactual Desenvolvimento e Gestão Realty, passaria a significar Poder de Garantir. (O termo “realty” foi abandonado após a pesquisa mostrar que a maioria dos brasileiros não o compreendia.)

Por fim, a empresa realizou uma espécie de teste placebo, semelhante aos adotados na indústria farmacêutica, com 600 pessoas entre agosto e novembro do ano passado. Durante 30 minutos, esse grupo assistiu a uma gravação do programa de entrevistas apresentado pelo humorista Jô Soares na TV Globo. Metade do grupo assistiu a um falso anúncio da “nova PDG” em um dos intervalos do programa.

A outra metade seguiu com a programação normal. Verificou-se, ao final, que entre as pessoas submetidas ao comercial da PDG a intenção de compra de um imóvel da incorporadora era 40% maior que entre aquelas que não viram o anúncio. “Foi a confirmação de que a nossa estratégia estava no caminho certo”, diz o consultor Alberto Blanco, um dos responsáveis pela migração da marca Telemar para Oi em 2007, como diretor de marketing da operadora, e que agora comanda a mudança na PDG.

Ao unificar suas bandeiras em torno de um único logotipo, a PDG não somente fortalece sua marca como também consegue reduzir seus custos. Desde fevereiro, os anúncios com o lançamento de imóveis em jornais e revistas foram padronizados, com o nome PDG em destaque. Das 12 agências atualmente contratadas, apenas três serão mantidas. Segundo cálculos da empresa, a estratégia deve permitir uma economia de até 15% na verba de marketing, ou 30 milhões de reais.

A virada mais importante, no entanto, será percebida no ambiente digital. Além de extinguir os sites das submarcas, de agora em diante a PDG deve seguir uma política única para a web, capitaneada pela agência Fess’Kobbi. A empresa é a responsável pelo marketing digital da Goldfarb, de longe a incorporadora que mais investe em internet no grupo — 25% do orçamento.

O primeiro passo será reforçar o atendimento virtual. Uma equipe de dez pessoas foi encarregada de monitorar redes sociais, como Facebook e Twitter, em busca de clientes insatisfeitos. A missão desse pessoal é responder instantaneamente a eventuais dúvidas e questionamentos — a ideia é que esse sistema virtual esteja funcionando até a metade deste ano. Outras 20 pessoas foram contratadas para reforçar o time de publicitários que já atendiam a Goldfarb na internet.

“Investir na criação de uma única marca é uma tendência mundial entre grandes empresas”, diz José Roberto Martins, da consultoria Global Brands. “Manter um portfólio com muitas marcas custa caro.” Um preço que a PDG, definitivamente, não parece disposta a pagar.

Metrô pretende inaugurar mais quatro shoppings

Fonte: Portal IG

O Metrô bate recorde de passageiros ano a ano. Mas se engana quem pensa que seu negócio é só venda de bilhetes. Os quatro shoppings localizados em estações - Itaquera, Santa Cruz, Boulevard Tatuapé e Metrô Tatuapé - renderam R$ 25 milhões no ano passado. Para se ter idéia do sucesso que fazem, o Metrô Tatuapé recebe diariamente 80 mil pessoas - o mesmo público do Shopping Ibirapuera - e o McDonald’s do Itaquera é o que mais vende na América Latina.

E não é só: há planos para inaugurar pelo menos outros quatro shoppings em estações nos próximos anos. Dois dos novos empreendimentos já estão com projetos adiantados - um deles está em obras. O Tucuruvi deve ser o primeiro a sair do papel, com previsão de inauguração para abril de 2012. Como houve atraso no cronograma, administradores do futuro shopping já estão repassando dinheiro ao Metrô.

O outro shopping em andamento é o Vila Madalena, que está com projeto pronto e aguarda liberação da Prefeitura. O Metrô estima que ele fique pronto cerca de um ano e meio depois do início das obras. Além desses, a companhia fechou recentemente estudos sobre dois empreendimentos para “médio prazo”.

Esses centros de compra no Metrô surgiram para ocupar terrenos desapropriados para servir como canteiro de obras, que ficaram sem uso após a inauguração das estações. Além de darem lucro, eles ajudam a controlar o fluxo de entrada de passageiros e, dependendo da região, promovem desenvolvimento, criando empregos e opções. A construção dos shoppings é sempre de responsabilidade da iniciativa privada e o Metrô cede os terrenos. Por isso, a companhia fica com parcela do lucro do shopping.

Obras prometidas já valorizam imóveis no centro

Fonte: O Estado de São Paulo

Corretores, especialistas e compradores são unânimes: a grande motivação por trás dos novos empreendimentos na região central é o potencial de valorização dos imóveis. Aliada à boa localização, à infraestrutura e às opções culturais, a esperança de que os projetos de revitalização saiam do papel e valorizem os apartamentos move tanto investidores interessados nos imóveis quanto quem decide mudar-se para o centro.


Esse é um dos principais motivos que levaram a turismóloga Vilmara Souza, de 28 anos, a querer se mudar para o centro. Ela mora na Freguesia do Ó, na zona norte, trabalha no Edifício Itália, na região da República, e quer se mudar para o centro para ficar mais perto do serviço. Morar lá hoje é muito melhor do que há cinco, dez anos. E ainda vai melhorar bastante, diz ela, que está interessada no lançamento do Parque Dom Pedro II.

Só naquela região a Prefeitura planeja demolir o Viaduto Diário Popular e fazer uma grande reforma no parque, além de revitalizar a Rua do Gasômetro. Fica bem mais perto do meu trabalho e todo mundo está dizendo que vai valorizar bastante se todos esses projetos realmente saírem, afirma Vilmara.

A mesma expectativa move o aeronauta André Miller, que quer comprar um imóvel no centro para o irmão, que vive nos Estados Unidos. Pelo que ficamos sabendo, há bastante expectativa. Várias regiões do centro já melhoraram e aqui pode acontecer o mesmo.

Atualmente, o preço médio do m² dos lançamentos no Bom Retiro e no Parque Dom Pedro é de R$ 5 mil - o que já é similar a novos empreendimentos em áreas como Santana, Saúde e Lapa. Uma unidade de 2 dormitórios no Downtown Smart Living, por exemplo, vale R$ 265 mil. Já os apartamentos de 3 quartos no Aquarela Paulistana, no Bom Retiro, custam R$ 360 mil. Mas a expectativa do mercado é de que eles valorizem mais do que em bairros fora do centro.

Lucro. Um exemplo dessa valorização é o Edifício Novo Centro República, lançado pela construtora TPA no ano passado, que deve ficar pronto em 2012. Os apartamentos de 1 e 2 quartos foram totalmente vendidos por cerca de R$ 4 mil o m², em média. Hoje, segundo a construtora, há quem esteja revendendo os imóveis por R$ 6 mil o m² - o que representa uma valorização de 50% em menos de um ano.

Apesar das altas expectativas, Luiz Paulo Pompéia, da Embraesp, lembra que ainda há bastante resistência na classe média alta em ir morar no centro. Dá para dizer que a cabeça das pessoas está começando a mudar, mas ainda há vários problemas a resolver nessas regiões, principalmente a segurança.

Preço do imóvel comercial mais que dobra em Santos

Fonte: Folha de São Paulo

Construtoras prometem oito prédios comerciais modernos para receber empresas que seguem a Petrobras e o porto

O mercado de imóveis comerciais de Santos segue a toada de aumento de preços que embala os segmentos de terrenos e residências, depois de anos de estagnação.

O valor de venda do m² comercial na cidade, que girava em torno de R$ 2.500 em 2008, de acordo com a Herzog Imóveis Industriais e Comerciais, saltou para mais de R$ 6.000 nos lançamentos mais luxuosos.

"Mas é importante destacar que, até 2008, os imóveis em Santos tinham um padrão bem inferior ao dos que começam a ser lançados hoje", diz Simone Santos, diretora de serviços corporativos da imobiliária.

E também há reflexos na locação comercial.

Estudo feito para a Folha por consultoria imobiliária, projeta que o aluguel do m² em edifícios comerciais considerados classe A para os padrões da cidade suba cerca de 30% até o fim de 2012, passando dos atuais R$ 49 por mês para R$ 65.

Lembrando que, em Santos, muitos dos imóveis já considerados de bom padrão pela consultoria não oferecem tanta sofisticação quanto os que existem em mercados mais desenvolvidos, como os das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Está prevista, para o fim do ano que vem, a entrega de oito prédios comerciais apontados como classe A, sendo três voltados à instalação de grandes companhias - mais luxuosos - e cinco de escritórios para empresas menores.

Sete empreendimentos estão sendo construídas do zero, a maioria na orla. E um passa por reforma para modernização, no centro.

Hoje, há apenas quatro edifícios classe A, para os padrões de Santos, todos na orla, o que representa um estoque total de 29.000 m². Daqui a dois anos, serão 12, ou 130.000 m².

MAIS CONDIÇÕES

"Os prédios novos terão bem mais condições para acomodar as empresas que estão se instalando na cidade em razão do pré-sal e da expansão do porto”.

Vale destacar que, mesmo que a valorização prevista se confirme, os preços ainda estarão bem abaixo dos praticados hoje para imóveis considerados classe A em São Paulo (onde o valor médio de locação do m² está em R$ 92 por mês) e no Rio de Janeiro (com R$ 133 mensais).

"A Baixada passa por várias transformações. Era um elefante adormecido", diz Marcello Arduin, diretor de contrato da Odebrecht Realizações Imobiliárias, que lançou um empreendimento comercial no centro em 2010 e planejam erguer outros.

Mas há uma ressalva em relação aos aumentos de preços dos imóveis: "Há um limite. É um elástico que você tem de saber quando parar de esticar".

Campanha contra os preços abusivos do combustível


EU VOU FAZER A MINHA PARTE, FAÇA AGORA A SUA

Mensagem enviada por um colega:

hoje dia 23/03/2011 abasteci aqui em Sumaré SP a R$ 2,69 A GASOLINA E O ÁLCOOL ESTAVA R$ 2,02.

DESSA VEZ NÃO SE ESQUEÇA E FAÇA UMA FORÇA!

TENTE CUMPRIR O COMBINADO!

NÃO SEI QUEM ESTÁ GANHANDO COM ISSO MAS, SEI QUE ESTOU SEMPRE PERDENDO.

OBS: ENVIE SEMPRE COMO "CCO" (COPIA OCULTA).

GASOLINA

(GNV, DIESEL e ÁLCOOL)

Como poderemos baixar os preços???

NÃO DEIXE DE LER...

Você lembra do Criança Esperança?

A UNICEF e a Rede Globo ‘abriram as pernas’...

Foi a força da Internet contra uma FÁBRICA DE DINHEIRO que DESCOBRIU-SE nunca chegar a quem de direito.

Então continue a ler .Não deixe de participar, mesmo que vc HOJE não precise abastecer seu carro com gasolina!! Mesmo que você não tenha carro, saiba que em quase tudo que você consome, compra ou utiliza no seu dia-a-dia, tem o preço dos transportes, fretes e distribuição embutidos no custo e conseqüentemente repassados a você.

Você sabia que no Paraguai (que não tem nenhum poço de petróleo) a gasolina custa R$ 1,45 o litro e sem adição de álcool . Na Argentina, Chile e Uruguai que juntos (somados os 3) produzem menos de 1/5 da produção brasileira, o preço da gasolina gira em torno de R$ 1,70 o litro e sem adição de álcool

QUAL É A MÁGICA?

Você sabia, que já desde o ano de 2007 e conforme anunciado aos "quatro ventos" O Brasil já é AUTO-SUFICIENTE em petróleo e possui a TERCEIRA maior reserva de petróleo do MUNDO.

Realmente, só tem uma explicação para pagarmos R$ 2,67 (cartel do DF) o litro: a GANÂNCIA do Governo com seus impostos e a busca desenfreada dos lucros exorbitantes da nossa querida e estimada estatal brasileira que refina o petróleo por ela mesma explorado nas "terras tupiniquins"

CHEGA!

Se trabalharmos juntos poderemos fazer alguma coisa.

Ou vamos esperar a gasolina chegar aos R$ 3,00 ou R$ 4,00 o litro? Mas, se você quiser que os preços da gasolina baixem, será preciso promover alguma ação lícita, inteligente, ousada e emergencial.

Unindo todos em favor de um BEM COMUM!

Existia uma campanha que foi iniciada em São Paulo e Belo Horizonte que nunca fez sentido e não tinha como dar certo. A campanha: "NÃO COMPRE GASOLINA" em um certo dia da semana previamente combinado não funcionou.

Nos USA e Canadá a mesma campanha havia sido implementada e sugerida pelo próprios governos de alguns estados aos seus consumidores, mas as Companhias de Petróleo se mataram de rir porque sabiam que os consumidores não continuariam "prejudicando a si mesmos" ao se recusarem a comprar gasolina.. Além do que, se você não compra gasolina hoje... vai comprar MAIS amanhã. Era mais uma inconveniência ao próprio consumidor, que um problema para os vendedores.

MAS houve um economista brasileiro, muito criativo e com muita experiência em "relações de comércio e leis de mercado", que pensou nesta idéia relatada abaixo e propôs um plano que realmente funciona.

Nós precisamos de uma ação enérgica e agressiva para ensinar às produtoras de petróleo e derivados que são os COMPRADORES que, por serem milhões e maioria, controlam e ditam as regras do mercado, e não os VENDEDORES que são "meia-dúzia".

Com o preço da gasolina subindo mais a cada dia, nós, os consumidores, precisamos entrar rapidamente em ação!!

O único modo de chegarmos a ver o preço da gasolina diminuir é atingindo quem produz,na parte mais sensível do corpo humano: o BOLSO. Será não comprando a gasolina deles!!!

MAS COMO!?

Considerando que todos nós dependemos de nossos carros, e não podemos deixar de comprar gasolina, GNV, diesel ou álcool. Mas nós podemos promover um impacto tão forte a ponto dos preços dos combustíveis CAIREM, se todos juntos agirmos para forçar uma guerra de preços entre eles mesmos.

É assim que o mercado age!!!

Isso é Lei de Mercado e Concorrência

Aqui está a idéia:

Para os próximo meses ( junho/ julho / agosto de 2011...) não compre gasolina da principal fornecedora brasileira de derivados de petróleo, que é a PETROBRÁS (Postos BR).

Se ela tiver totalmente paralisada a venda de sua gasolina, estará inclinada e obrigada, por via de única opção que terá, a reduzir os preços de seus próprios produtos, para recuperar o seu mercado.

Se ela fizer isso, as outras companhias (Shell, Esso, Ipiranga, Texaco, etc...) terão que seguir o mesmo rumo, para não sucumbirem economicamente e perderem suas fatias de mercado.

Isso é absolutamente certo e já vimos várias vezes isso acontecer!

CHAMA-SE LEI DA OFERTA E DA PROCURA

Mas, para haver um grande impacto, nós precisamos alcançar milhões de consumidores da Petrobrás.

É realmente simples de se fazer!!

Continue abastecendo e consumindo normalmente!! Basta escolher qualquer outro posto ao invés de um BR (Petrobrás). Porque a BR?

Por tratar-se da maior companhia distribuidora hoje no Brasil e consequentemente com maior poder sobre o mercado e os preços praticados.

Mas não vá recuar agora... Leia mais e veja como é simples alcançar milhões de pessoas!!

Essa mensagem foi enviada a aproximadamente trinta pessoas. Se cada um de nós enviarmos a mesma mensagem para, pelo menos, dez pessoas a mais (30 x 10 = 300). E se cada um desses 300 enviar para pelo menos mais dez pessoas, (300 x 10 = 3.000). E assim por diante, até que a mensagem alcance os necessários MILHÕES de consumidores!

É UMA "PROGRESSÃO GEOMÉTRICA" QUE EVOLUI RAPIDAMENTE E QUE VOCE CERTAMENTE JÁ CONHECE!

Quanto tempo levaria a campanha?

Se cada um de nós repassarmos este e-mail para mais 10 pessoas A estimativa matemática (se voce repassá-la ainda hoje) é que dentro de 08 a 15 dias, teremos atingido, todos os presumíveis 30 MILHÕES* de consumidores da Petrobrás (BR),

(fonte da ANP - Agencia Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis)

Isto seria um impacto violento e de consequências invariavelmente conhecidas...

A BAIXA DOS PREÇOS

Agindo juntos, poderemos fazer a diferença.

Se isto fizer sentido para você, por favor, repasse esta mensagem, mesmo ficando inerte.

PARTICIPE DESTA CAMPANHA DE CIDADANIA ATÉ QUE ELES BAIXEM SEUS PREÇOS E OS MANTENHAM EM PATAMARES RAZOÁVEIS ! ISTO REALMENTE FUNCIONA.

VOCÊ SABE QUE ELES AMAM OS LUCROS SEM SE PREOCUPAREM COM MAIS NADA!

O BRASIL CONTA COM VOCÊ!!!

OBS: ESTA CAMPANHA PODE NÃO SER A MELHOR FORMA DE COMBATERMOS OS PREÇOS ABUSIVOS DO COMBUSTÍVEL PRATICADOS HOJE NO BRASIL, MAS EU POSSO GARANTIR A VOCÊS QUE VAI, NO MÍNIMO, AGITAR BASTANTE O MERCADO E A MÍDIA. ISSO É CLARO, SE FIZERMOS BEM FEITO.

PARTICIPE VOCÊ TAMBÉM.

terça-feira, 29 de março de 2011

Novos Shoppings irão gerar 15 mil novas vagas de trabalho

Fonte: O Estado de São Paulo

A Região Metropolitana de São aulo vai ganhar oito novos shoppings centers até o final de 2012. Depois de prontos, os empreendimentos devem gerar, juntos, pelo menos 15 mil novos postos de trabalho, de acordo com estimativas da Associação Brasileira dos Lojistas de Shoppings (Alshop).

Além de três novos centros comerciais na capital paulista, serão abertos ainda dois em Barueri — um deles o Shopping Iguatemi de Alphaville (foto) –, dois em São Bernardo do Campo e um em São Caetano do Sul. Luís Augusto Ildefonso da Silva, diretor de Relações Institucionais da Alshop, afirma que o cálculo do número de postos de trabalho leva em conta a média de dez funcionários para cada uma das cerca de 1,5 mil novas unidades de lojas previstas para o conjunto de empreendimentos.

Segundo Silva, no total de vagas não estão considerados os postos que serão abertos nas chamadas âncoras, grandes lojas de departamentos, como Renner, Riachuelo e Tok&Stok. Para o diretor da Alshop, as medidas de restrição de crédito anunciadas pelo Banco Central em dezembro — como o aumento da quantidade de dinheiro que os bancos têm de entregar à instituição como forma de depósito compulsório — não esfriaram a economia. “Pensamos que o movimento fosse cair a partir de fevereiro, o que não ocorreu.”

Alexandre Dias, diretor de Marketing e Varejo da General Shopping Brasil, empresa responsável pelo Parque Shopping Barueri, com inauguração prevista para novembro, afirma que o novo empreendimento pode gerar entre 2,5 mil e 3 mil empregos diretos e a mesma quantidade de vagas indiretas, distribuídos pelas dez lojas âncora, entre as quais Renner e C&A, e os 150 estabelecimentos “satélites” — como são chamadas as lojas menores — e seus prestadores de serviços.

Segundo Dias, a primeira fase das contratações acontece entre maio e junho, quando são recrutados profissionais para limpeza e segurança. “O recrutamento para as lojas só começa depois de julho.”Ele sugere que os interessados em trabalhar procurem informações com as próprias lojas.

Dias lembra, ainda, que a população de cidades vizinhas, como Carapicuíba e Santana do Parnaíba, não terão mais de se deslocar para São Paulo quando necessitarem do comércio de shopping.

Empreendimento no ABC

A cidade de São Caetano também terá nova opção de compras, serviços e lazer a partir de novembro. O Park Shopping São Caetano reunirá moradia, trabalho e lazer em um novo bairro da cidade, que inclui um conjunto residencial.

Pedro Cortês, superintendente de incorporação da Multiplan, empresa responsável pelo shopping, afirma que o local terá 242 lojas, 15 das quais, âncoras. Segundo ele, o empreendimento foi motivado para que o público do ABC, em particular os consumidores de São Caetano, não precisem deslocar-se até São Paulo para ir a shopping. “Queremos que o dinheiro gerado na região fique na própria região”, afirma.

Cortês calcula que o shopping traga ao ABC cerca de 5 mil novos postos de trabalho, sendo 2 mil diretos e outros 3 mil indiretos. Ele conta que os processos de seleção são conduzidos pelas próprias lojas e só terão início três ou quatro meses antes da inauguração do novo shopping. Embora observe que as vagas não estão abertas no momento, Cortês diz que os interessados podem cadastrar seus currículos no site http://www.parkshoppingsaocaetano.com.br/. “O ABC tem um volume de demanda que ainda não foi atendida”, avalia. Na opinião da analista de sistemas Ana Carolina Matrone, 25 anos, o shopping poderá ajudar a melhorar o comércio da cidade. “Embora eu goste do que encontro hoje, um shopping só tem a acrescentar.”

O taxista Gilberto Cesar, 65 anos, acha que ganhará mais com a novidade. “A cidade vai receber mais gente, que pode vir de bairros paulistanos próximos da cidade, como Ipiranga e Vila Alpina.”

Para a aposentada Teresinha Ravelli, 64 anos, shopping “só é bom para passeio”. Apesar da opinião, ela acredita que um shopping pode trazer mais recursos à cidade e ajudar a aprimorar a prestação de serviços públicos.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Nova estação de metrô de SP abre corrida imobiliária no Butantã

Fonte: Folha de São Paulo

A abertura da estação Butantã do metrô de São Paulo converterá o bairro da zona oeste da cidade em próximo alvo do mercado imobiliário.

A inauguração será na segunda-feira, anunciou ontem o governador Geraldo Alckmin (PSDB) em entrevista em Sorocaba (99 km de São Paulo). A estação, da linha 4-amarela, funcionará de segunda a sexta e em feriados, das 8h às 15h.

O "boom", segundo o setor imobiliário, se dará a partir da Operação Urbana Vila Sônia, que a prefeitura quer enviar à Câmara neste ano.

Por enquanto, a valorização no entorno da estação - cujo imóvel, imenso e prateado, é confundido por pedestres com um shopping - não se sobressaiu em relação ao restante da cidade.

A operação urbana consiste na venda de títulos que permitem às empreiteiras construir acima do limite estabelecido pelo zoneamento.

Com ela, é possível fazer um prédio mais alto e, em consequência, colocar mais apartamentos à venda e tornar o empreendimento viável economicamente.

Foi assim com a operação urbana Faria Lima, por exemplo, no entorno da avenida de mesmo nome.

TEM PARA ONDE CRESCER

A avaliação do setor é que o Butantã tem para onde crescer; o bairro ficou em um modesto 42º lugar entre os 96 distritos da cidade em lançamentos imobiliários em 2010, segundo o Secovi (sindicato da habitação).

"O metrô é indutor enorme de desenvolvimento. Cabe à prefeitura fazer a análise de quanto essa estrutura comporta. O segredo é compactar a cidade de forma adequada e sustentável, para não criar adensamento excessivo", afirma Cláudio Bernardes, vice-presidente do Secovi.

É exatamente o que temem os moradores.

"O metrô é muito bem-vindo. O problema é que ele transforma o entorno de forma negativa e fomenta um adensamento exagerado", afirma Sérgio Reze, morador da região e diretor do Movimento Defenda São Paulo.

As consequências, diz, são o aumento do trânsito e a substituição de pequenos imóveis por prédios.

O resultado, acrescenta, é a saída de moradores antigos, o encarecimento dos imóveis, a verticalização excessiva. E o maior risco de enchentes, causado pela impermeabilização do solo.

"O Butantã é uma reserva de área verde em São Paulo, pouco verticalizada, não sofreu alagamento." Ele não quer o bairro transformado em uma "Moema".

Os prédios não são responsáveis pelas enchentes, diz o Secovi, pois são obrigados a manter áreas verdes e permeáveis, além de reservatórios para água da chuva.

Pesquisa indica que intenção de compra de imóveis mantém trajetória de elevação

Fonte: Portal FGV

Mais pessoas estão interessadas em comprar imóveis nos próximos meses, segundo estudo elaborado pela Lopes Inteligência de Mercado, braço da maior imobiliária de lançamentos do Brasil responsável por avaliar tendências de mercado e com um dos maiores banco de dados estatísticos do segmento imobiliário do Brasil.

No mês passado, o Índice de Confiança do Comprador de Imóvel (ICCI) desenvolvido pela Lopes apresentou alta frente ao já positivo resultado de janeiro, subindo 1,9%. Mantendo as expectativas de boa atividade no setor, o Índice de Expectativas, que revela a intenção de compra de imóveis nos próximos seis meses teve crescimento de 4%, de 137,5 pontos em janeiro para 142,9 pontos em fevereiro.

Segundo a pesquisa que em fevereiro entrevistou 562 pessoas, 61% dos entrevistados, que buscam imóveis até R$ 250 mil, declararam alta intenção de compra de imóveis, em janeiro esse índice era de 43%.

Para a gerente da Lopes Inteligência de Mercado, Cristiane Crisci, a elevação das taxas de intenção de compra de imóveis na região metropolitana de São Paulo mostra que o comprador de imóvel ainda esta otimista.

As maiores altas registradas no Índice de Expectativas estão no segmento econômico que tem maior demanda e concentra a maioria dos lançamentos no mercado. “Esta significativa demanda deverá continuar, pois 56% dos entrevistados afirmam que suas intenções de compra de imóvel serão maiores e 39% iguais, nos próximos 6 meses,” segundo ela.

Em comparação com o volume de vendas de imóveis realizadas no período, o ICCI apresenta ainda resultados similares aos registrados nas vendas Lopes na região metropolitana de São Paulo. Consolidando o índice como uma importante ferramenta de monitoramento do mercado.

terça-feira, 22 de março de 2011

Metrô é o que seduz comprador de imóvel em São Paulo

Fonte: Exame

São Paulo - Um parque ao alcance dos olhos, boas escolas para os filhos, silêncio durante a noite, um esquema de policiamento satisfatório e um shopping center para se divertir no final de semana são algumas das características das residências mais desejadas pelos paulistanos. Mas em uma cidade com graves problemas de mobilidade como São Paulo, nada disso é tão importante quando a infraestrutura de transportes disponível no local.

O mercado imobiliário já percebeu que a proximidade de uma estação de metrô vale ouro no estande de vendas porque aumenta as chances de sucesso de um empreendimento. Prova disso é que 109 dos 229 lançamentos planejados pelas incorporadoras para a cidade de São Paulo neste ano estão localizados a menos de 1 km de alguma estação.

O estudo inédito levou em consideração estações em funcionamento, em construção ou em fase de planejamento. Foram incluídas as nove linhas de metrô que serão realidade dentro de alguns anos (vermelha, azul, verde, lilás, amarela, laranja, prata, branca e ouro), mas ficaram de fora as estações da CPTM (de trens).

"As incorporadoras estão apostando em terrenos próximos ao metrô porque a comercialização das unidades é mais fácil", diz Mirella Parpinelle, diretora geral de atendimento da Lopes. A executiva usa a extensa base de dados fornecida pelos corretores da Lopes para aconselhar as incorporadoras sobre os projetos que vendem mais rápido e os que encalham nos estandes.

Para ilustrar o poder de atração do metrô, Mirella cita um empreendimento lançado pela Agre (hoje PDG) e vendido pela Lopes recentemente. Localizado a cerca de 800 metros da futura estação de metrô Vila Sônia (linha amarela), o Parque dos Pássaros/Parque das Flores inclui 1.200 unidades que foram totalmente comercializadas em apenas três meses.

Como os terrenos nessas regiões próximas ao metrô estão muito valorizados, as incorporadoras não conseguem viabilizar economicamente um empreendimento a não ser que reduzam o tamanho das unidades vendidas. O mais comum, portanto, é que sejam construídos imóveis de 50 a 80 metros quadrados que custam cerca de R$ 500.000 reais.

O valor por metro quadrado não é exatamente barato, no entanto, os moradores não se importam em pagar mais por um imóvel quando a infraestrutura de transportes é privilegiada. Os apartamentos da PDG vendidos em uma velocidade espantosa, por exemplo, incluem apartamentos de dois e três dormitórios com 60 a 82 metros quadrados.

Para compensar o espaço reduzido, as incorporadoras costumam transformar em área comum muitas das facilidades que antigamente estavam dentro do apartamento. Salas com 40 ou 50 metros quadrados e capacidade para receber 20 pessoas, por exemplo, foram substituídas por um espaço reduzido para ver televisão e jantar. Na hora de receber convidados, o morador utiliza o espaço gourmet comum, geralmente localizado no térreo. O mesmo acontece muitas vezes com a lavanderia.

Nos empreendimentos mais modernos, a própria área comum do edifício é pensada de forma que o morador tenha de sair o mínimo possível de casa, evitando o trânsito. Aparelhos profissionais de ginástica, piscina de 25 metros e quadras poliesportivas são algumas das facilidades que permitem ao comprador abrir mão de freqüentar academia ou clube. "São Paulo não permite um deslocamento fácil. É por isso que as pessoas querem bairros e imóveis bem equipados".

Bairros

Os bairros onde estarão concentrados os lançamentos imobiliários neste ano são Santana, Mooca, Saúde, Bela Vista, Belém, Pari, Vila Prudente, Itaquera, Pinheiros, Morumbi e Vila Sônia. A imensa maioria dessas regiões já possui ou está localizada próxima a alguma estação de metrô em funcionamento ou em construção.

Como a oferta de bons terrenos em São Paulo já começa a se tornar escassa, outra característica comum a esses bairros é a localização a uma certa distância das regiões mais centrais da cidade. É a fartura de terrenos que explica que áreas como o Morumbi permaneçam há anos entre as mais exploradas pelas incorporadoras.

Na lista acima, o bairro mais longínquo das regiões que concentram os prédios de escritórios na cidade de São Paulo é Itaquera. O bairro há muito tempo possui estação de metrô, mas, devido à distância, nunca esteve no topo das prioridades das incorporadoras. A expectativa de construção do novo estádio do Corinthians, que deverá abrigar também os jogos da Copa de 2014 realizados em São Paulo, começou a mudar esse cenário. Itaquera já entrou no radar das empresas e vai abrigar diversos empreendimentos de padrão econômico a serem lançados neste ano.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Setor hoteleiro investirá R$ 40 bilhões nos próximos anos

Fonte: O Estado de São Paulo

A nova onda de crescimento da hotelaria brasileira vai exigir investimentos de R$ 40 bilhões nos próximos dez anos, só para atender à demanda impulsionada pelo crescimento da economia. O número de novos quartos em operação por ano deve passar de 7,7 mil, em 2010, para 36,6 mil em 2020, de acordo com estimativas da consultoria HotelInvest, feitas a pedido do "Estado".

A recuperação do mercado hoteleiro no Brasil começou a se delinear no fim de 2009, mas como o ciclo de desenvolvimento desse setor é de três a quatro anos, os reflexos só começam a aparecer agora, de forma ainda bastante modesta. Em 2011, 39 projetos de novos hotéis sairão do papel, segundo a HotelInvest, que representa no Brasil a consultoria HVS Global, especializada no setor e presente em 16 países. A partir do ano que vem, esse número vai praticamente dobrar, chegando a 183 novos empreendimentos em 2020.

Quem não é do setor costuma relacionar o novo momento da hotelaria aos megaeventos esportivos, como Copa do Mundo e Olimpíada. "Mas esse é um equívoco", diz Diogo Canteras, diretor-presidente da consultoria. "A indústria não vai construir hotel para a Copa, e sim para a cidade." A relação mais forte que existe entre os eventos e a retomada do setor, segundo ele, é uma nova linha de crédito do BNDES, no valor de R$ 1 bilhão, para reforma, ampliação e construção de novos empreendimentos, que integra o pacote de ações do governo federal para a Copa do Mundo. A rede Windsor, com foco no mercado carioca, foi uma das que já pediu crédito ao banco estatal para expandir a operação. Por enquanto, a empresa não tem planos de ir além do Rio, cidade com as maiores taxas de ocupação do País.

Mas é São Paulo que dá os sinais mais visíveis de que o mercado voltou de fato a se movimentar. Desde 2008, a capital paulista não tem um hotel sequer em desenvolvimento. Com base nos projetos que já estão sob análise da Prefeitura, a expectativa é de que, em 2012, seis empreendimentos passem definitivamente à etapa de construção.

Mesmo assim, os negócios no setor hoteleiro paulistano devem ter uma trajetória menos agressiva do que no restante do País. Por dois motivos: os investidores estão de olho em cidades de porte médio, que terão cada vez mais viajantes de negócios, e na classe C que, com uma renda melhor, está se dando ao luxo de viajar a turismo pelo País.

O ritmo mais lento do mercado paulistano também está relacionado à última crise enfrentada pelo setor, em que a euforia para se investir em flats culminou com uma superoferta de quartos e na consequente queda da rentabilidade desses empreendimentos. Foi um fenômeno que atingiu praticamente todo o País, mas afetou São Paulo com mais intensidade.

"Hoje, o cenário é mais positivo e sustentável do que o da última onda da hotelaria, que aconteceu no fim da década de 90", diz Canteras. "E, embora não tenhamos dados históricos daquela época, é possível dizer que essa nova fase será até três vezes melhor para o setor."

Investidores. Ao contrário do que aconteceu entre 1999 e 2003, agora os investidores parecem mais cautelosos em relação ao mercado. "Era um grupo formado principalmente por profissionais liberais. Agora, temos fundos de private equity e mecanismos de investimento, como os fundos imobiliários, que exigem uma profissionalização maior do setor", explica Vasques.

Desde o fim do ano passado, as principais administradoras de hotéis iniciaram uma corrida para anunciar projetos e atrair a atenção de investidores. Hoje com 144 hotéis no Brasil, o grupo francês Accor pretende colocar em operação 71 novos empreendimentos até 2013, que vão exigir investimentos de R$ 1,2 bilhão. Quase 80% dos novos hotéis são voltados para o segmento econômico. Com isso, a marca Mercure, padrão quatro estrelas, deixará de ser a mais representativa em número de hotéis, dando lugar à Ibis. Outra estratégia do grupo é a expansão da marca Formule 1 por meio de franquias, em cidades com população entre 100 mil e 500 mil habitantes. O projeto prevê a construção de 100 hotéis, ao custo de R$ 500 milhões. O segmento econômico também está no radar da Brazil Hospitality Group (BHG), da GP Investimentos. A rede pretende criar 2,5 mil quartos por ano até 2015.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Campos Elíseos teme revitalização da Luz

Fonte: Radar imobiliário (Estadão)

Na mitologia grega, Campos Elísios é sinônimo de paraíso. No Brasil, é uma expressão que remete à famosa avenida parisiense (Champs Elysées) por seu luxo e sofisticação. Não é à toa que o nome foi escolhido para batizar o primeiro bairro nobre da capital, que no início do século 20 foi morada dos barões do café. Mas esse cenário mudou. Atualmente, está difícil comparar o local ao paraíso.

Se por um lado Campos Elísios está na região central, uma das melhores em infraestrutura da cidade, com ruas planas, ampla oferta de transporte público, comércio e serviços, por outro, abriga a cracolândia, uma favela – a Moinho, às margens dos trilhos do trem que leva à estação Júlio Prestes – e diversos moradores de rua, problemas decorrentes da degradação da região central de São Paulo.

No entanto, nos próximos anos, o bairro deve ser afetado pelo Projeto Nova Luz, uma iniciativa da Prefeitura para revitalizar o entorno da estação da Luz e a área entre as avenidas Ipiranga, Duque de Caxias e Rua Cásper Líbero. O projeto no bairro vizinho prevê um novo desenho urbanístico na região, com lançamento de residências, recuperação de imóveis antigos e aumento do número de moradores.

No entanto, a promessa de recuperação desagrada a quem mora em Campos Elísios. A Associação dos Moradores e Comerciantes do bairro (AMCCE) reclama da falta de políticas públicas para dar apoio aos moradores de ruas, que estariam sendo “empurrados” da Luz para outros bairros de Santa Cecília.

“Há uns quatro anos, quando começaram a ser feitas operações na cracolândia, muitos moradores de rua vieram para cá, o que fez muitas pessoas se mudarem daqui”, diz o vice-presidente da AMCCE, Nelson Barbosa.

Outra preocupação dos moradores é com a Lei nº 14.917 que dispõe sobre a concessão urbanística no município de São Paulo. A Associação teme que a exploração de terrenos pelo mercado imobiliário descaracterize o bairro, eleve os preços e acabe afastando antigos moradores.

“Moro aqui há 30 anos, e a gente não quer ver imóveis históricos serem derrubados. Se ainda construíssem apartamentos de até dez andares, que se integrassem à região, não seria tão ruim. Mas normalmente constroem espigões, que destoam da paisagem e trazem problemas como excesso de moradores e trânsito”, diz a presidente da AMCCE, Dinah Piotrowski.

Transformação

O arquiteto e diretor da Escola da Cidade, Ciro Pirondi, diz que a especulação imobiliária é um movimento natural para a reestruturação da cidade. No entanto, ressalta que no Centro há estoque de metros quadrados que poderiam ser transformados em habitação, além de imóveis antigos abandonados, que podem ser reformados para uso residencial. “Revitalizar é dar vida e isso se faz com moradia”, diz. “Em um lugar como Campos Elísios, com arquitetura de alto nível, essa reestruturação precisa ser mais delicada.“

Ele ressalta ainda que o bairro é um dos poucos com vista para as montanhas da serra e com calçadas largas para os pedestres. “Seria interessante um projeto que valorizasse as virtudes do bairro, limitando a altura dos prédios para não perder essa vista e investindo mais no pedestre do que nos carros.“

Para o mercado imobiliário, investir no Centro é um bom negócio. A escassez de lançamentos e o alto índice de ocupação dos imóveis resulta em velocidade recorde de vendas toda vez que um empreendimento é lançado. Foi o que aconteceu com um conjunto de prédios na Rua Major Sertório, em agosto de 2009, que foi totalmente vendido em um único fim de semana. O Edifício Cult, um dos mais recentes de Campos Elísios, na Rua Adolfo Gordo, também foi totalmente vendido. Na internet há até anúncios de interessados em comprar uma unidade no local.

Alphaville recebe onda de lançamentos comerciais

Fonte: Valor Ecônomico

Na tentativa de encontrar novos eixos comerciais para instalar seus arranha-céus envidraçados, as grandes construtoras de prédios comerciais começam a procurar - e criar, com sucesso - outras fronteiras de crescimento. Diante da saturação e dos elevados preços de endereços consagrados como Faria Lima, Paulista e Berrini, os incorporadores começam a caminhar, por exemplo, para a Marginal Pinheiros, na região da Ponte João Dias, em São Paulo. Mas a grande eleita é a região de Alphaville e Tamboré - que até 2014 terá mais de 700 mil m2 de prédios comerciais de alto padrão. Mais do que existe hoje na Berrini, que sozinha concentra cerca de 480 mil m2 de edifícios corporativos comparáveis aos melhores do mundo.

As empresas estão ativas e olhando terrenos na direção sul da cidade de São Paulo, na região do Alto da Boa Vista, mas ainda não iniciaram a construção de grandes torres, porque a opção de serviços ainda é limitada. Um pouco antes desse novo eixo, a WTorre e BTG Pactual tornaram-se sócios para construção do que será o maior prédio comercial de São Paulo depois do Shopping Morumbi. Mas é em Alphaville, primeiro eixo de desenvolvimento fora da capital - que as construções estão a todo vapor. A região atraiu, de uma só vez, todas as grandes incorporadoras: Odebrecht Realizações Imobiliárias, Tishman Speyer, Brookfield e Vemonte. O perfil da região, predominantemente residencial, com indústrias, galpões e centros logísticos, está mudando rapidamente.

Até dois anos atrás, havia apenas salinhas comerciais pequenas e agora os prédios com padrão de Faria Lima e Berrini chegam à região. Segundo pesquisa, até 2008, os novos espaços de escritórios disponíveis em Alphaville crescia 6% ao ano, em média. A partir de 2008, a taxa de crescimento anual ultrapassou 20%. Entre 2008 e 2010, o volume total de edifícios corporativos cresceu 44%, ainda de acordo com a consultoria. "Quando havia oferta considerável em São Paulo e os preços não eram tão altos, não fazia sentido ir para lá e ninguém queria ouvir falar da região". Agora, há muitas empresas considerando mudar para lá, completa.

Três grandes nomes já estão instalados em Alphaville: a Amil (que alugou 13 mil m2), a Philips , que transferiu sua sede para lá e alugou 10 mil m2, e a Redecard. "Há poucos anos, seria inconcebível uma empresa como a Redecard, cujos sistemas não podem falhar nunca, ir para lá", diz ele.

A chegada de dois grandes shoppings à região de Alphaville - Iguatemi e General Shopping (da Brascan) - e a infraestrutura disponível são considerados atrativos importantes para os novos inquilinos. Mas o que conta mesmo é o preço - além do ISS reduzido. Durante muito tempo, o metro quadrado de escritórios era alugado entre R$ 30 e R$ 40. No ano passado, os contratos em prédios de altíssimo padrão (os chamados triple A) oscilaram entre R$ 55 e R$ 60. Agora, já se fala em mais de R$ 60. Ainda assim, é muito menos do que nas principais regiões de São Paulo, onde os preços variam de R$ 100 a R$ 150 o aluguel do metro quadrado. Obviamente, essa valorização já se reflete nos preços dos terrenos, que rapidamente subira, de R$ 1,5 mil para R$ 2,5 mil a R$ 3 mil o metro quadrado.

"Vai ter muita migração de empresa para lá, sobretudo das áreas de back office", diz Luis Fernando Davantel, presidente da Veremonte, empresa que comprou uma área de 80 mil metros quadrados, que já possui 60 mil m2 de área construída (pertenceu ao BCN) e está reformando os prédios. A empresa também irá construir de 50 mil m2 a 60 mil para a construção de um hospital - está em negociações com quatro grandes grupos - além de centro de diagnóstico, um prédio para salas médicas e hotel.

A Odebrecht Realizações Imobiliárias está apostando alto na região. Acaba de entregar um prédio de alto padrão integrado ao futuro shopping Iguatemi - com valor geral de vendas (VGV) estimado em R$ 300 milhões. O prédio foi totalmente vendido a um grupo pequeno de investidores, entre pessoas físicas e fundos. "Nossa expectativa não era vender tão rápido, achamos que só venderíamos 100% do prédio depois de alugado", afirma Paulo Melo, diretor da OR.

A empresa também está construindo outro prédio corporativo de 100 mil m², além de um edifício com salas comerciais e quatro torres residenciais. "Trata-se de uma região promissora, com ritmo de crescimento mais acelerado que São Paulo", diz Melo. "O padrão sócio-econômico da região é alto, é como se fosse um bairro de São Paulo." O PIB per capita de Barueri é o terceiro maior do Estado de São Paulo, R$ 100,8 mil atrás apenas das cidades de Louveira e Alumínio.

A americana Tishman Speyer foi a primeira a investir na região. Tem 300 mil m² na região. Já construiu uma torre - alugada para a Redecard e Philips - que foi vendida para a BR Properties em abril do ano passado por R$ 180 milhões. A segunda torre está em construção, com término previsto para outubro deste ano e o complexo todo deve ter um total de seis torres. "Empresas que precisam de espaços grandes, entre 5 mil a 10 mil m² querem ir para lá", diz Daniel Cherman, presidente da Tishman no Brasil. "Na primeira torre, alugamos quando o prédio estava pronto, na segunda fase os contratos devem ser fechados seis meses antes da entrega."

Outra empresa que vislumbrou o crescimento da região foi a Brookfield: comprou toda a área que ainda pertencia à Tamboré S.A. Em janeiro de 2008 pagou R$ 288 milhões por cerca de quatro milhões de metros quadrados, onde vai desenvolver, principalmente, prédios residenciais - já de olho na demanda que os prédios corporativos vão gerar. Ao lado do shopping, também está construindo um prédio corporativo de um de salas de escritório. "Do ponto de vista estratégico, não dá para ficar fora dessa região", diz Alessandro Vedrossi, diretor da Brookfield.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Lançamentos ainda não contemplam acessibilidade

Fonte: O Estado de São Paulo

SÃO PAULO - A arquiteta Silvana Cambiaghi está de apartamento novo. O imóvel, usado, tem corredores largos e cômodos espaçosos, opção ideal para a nova moradora: Silvana é cadeirante.


A arquiteta, que também preside a Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA) da Prefeitura, optou pelo apartamento da década de 1960, pois sabia que os lançamentos, salvo raras exceções, não são acessíveis. "Os imóveis modernos têm banheiros e cômodos pequenos, além de portas estreitas. Para um cadeirante, é praticamente impossível morar assim."

Não existe legislação para impor padrões de acessibilidade em imóveis no Brasil. A lei federal 5.296, de 2004, exige que todas as áreas comuns de edifícios novos tenham rampas ou elevadores. "Isso significa que o cadeirante ou o idoso pode até visitar o edifício, mas não morar nele", diz o vice-presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Claudio Bernardes.

De acordo com ele, ainda são raras as incorporações que levam em conta a questão da acessibilidade em seus projetos. "Isso ainda é uma tendência. Mas o mercado deve ficar de olho, pois quando falamos em mobilidade reduzida não estamos nos referindo somente a cadeirantes, mas também aos idosos." Segundo Bernardes, o fato de a população brasileira estar cada vez mais velha é argumento suficiente para que as construtoras se atentem para a questão.

Popular. No final do mês passado a Câmara Municipal aprovou uma lei que amplia em 30% a área útil das habitações de interesse social (HIS), como apartamentos da Cohab e da CDHU. "Os 52 m² anteriores impediam a aplicação, nos projetos, do desenho universal, modelo que permite a utilização do apartamento por qualquer pessoa, inclusive o cadeirante", explica Silvana.

De acordo com a arquiteta, uma metragem maior possibilita, por exemplo, a construção de banheiros quadrados - no lugar dos retangulares, que restringem a circulação da cadeira de rodas.

Para o titular da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED), Marcos Belizário, a única restrição do projeto de lei é a não obrigatoriedade de elevadores nos conjuntos. "O cadeirante pode optar por morar no primeiro andar. Mas os moradores dos outros andares vão envelhecer um dia, e terão de subir as escadas", explica, referindo-se à questão também levantada por Bernardes, do Secovi-SP.

Para Belizário, a sociedade brasileira ainda está construindo uma cultura da acessibilidade. "É preciso promover esta cultura, divulgá-la e desmistificá-la. A facilidade de acesso é um direito, e quem compra um apartamento, independentemente de ter alguma deficiência, deve pensar nisso", explica o secretário.

Na planta. A procuradora federal Maria Paula Teperino teve uma boa experiência com o mercado imobiliário. Cadeirante procurava por um imóvel novo quando seu corretor sugeriu um empreendimento que seria entregue em um ano. "Visitei o estande, vi a maquete e questionei o arquiteto responsável sobre a presença de uma escada no acesso à piscina. Ele me explicou que ela seria substituída por uma rampa e, em seguida, perguntou se eu gostaria de fazer alguma alteração no apartamento."

Maria Paula aceitou. Transformou a dependência de empregada em uma suíte ampla e aumentou a largura das portas. "Também tirei um degrau da varanda e outro do box", conta. As mudanças foram possíveis porque o prédio ainda estava em construção, e a construtora não cobrou nada para fazê-las. "Só assim pude comprar um imóvel novo."

Fuga para o interior movimenta o mercado

Fonte: O Estado de São Paulo

CAMPINAS/SOROCABA - O mercado imobiliário do interior está em alta - e ganhando uma ajuda extra da capital. O bom momento vivido pelo setor estimula o ‘espírito bandeirante’ de muitos paulistanos que nos últimos anos resolveram ir em busca do sonho de uma vida com mais qualidade em municípios localizados a até 100 quilômetros da capital. Com isso, cidades como Sorocaba, Campinas e Jundiaí recebem boa parte desses novos moradores.


Em Sorocaba, o vice-presidente de Interior do Secovi, Flávio Amary, afirma que, embora o setor imobiliário esteja num período de plena atividade em todo o País, o diferencial da cidade é a proximidade com a capital (92 quilômetros) e os indicadores sociais. "A cidade se destaca em quesitos como segurança, educação e emprego."

A chegada de indústrias, como a montadora da Toyota, em fase de instalação, está atraindo para a cidade um público com perfil qualificado. Nos últimos três anos, foram lançados 15 condomínios horizontais de alto padrão. A cidade ganhou o terceiro shopping center e tem outros três em construção.

A boa infraestrutura atraiu o engenheiro químico Rogério Damatto, de 45 anos. Morador de Perdizes, na capital, ele optou por Sorocaba por causa da segurança e da qualidade de vida. "Como o preço da terra era mais em conta do que comprar um imóvel em São Paulo pudemos escolher um lugar agradável e construir de acordo com o nosso gosto." Se for preciso, ele vai fazer como o grande número de paulistanos que residem em Sorocaba e viajam para trabalhar na capital.

As irmãs Rosilda, Rosa, Rosana e Regina Mitcovi são paulistanas, mas optaram cada uma a sua vez, por morar no interior. Primeiro foi Rosilda, há quinze anos. Depois, Rosana, há três. Agora, Rosa e Regina acabaram de fechar negócio por meio de um financiamento no programa Minha Casa, Minha Vida. "Fiz propaganda mesmo porque aqui é tudo de bom. Não tem trânsito, nem poluição e é mais fácil conseguir escola, hospital, emprego", conta Rosana. O plano das irmãs é convencer a mãe, que é viúva, a trocar a capital pelo interior. "Ela sempre morou naquele bairro (Santo Amaro) e, por isso, resiste", diz Rosana. A quinta irmã, Aparecida, é a única que não tem planos de sair da capital.

"Quem migra de São Paulo para Jundiaí (a 58 km da capital) busca casas ou apartamentos de 80 a 180 metros quadrados", afirma a diretora geral do Secovi local, Célia Benassi. Embora o sindicato não tenha números oficiais para mensurar esse movimento, os dirigentes regionais identificam qualitativamente a demanda. "As pessoas procuram muito os bairros com fácil acesso às rodovias, e buscam qualidade de vida ao sair da capital."

O comerciante Edson de Assis, de 45 anos, que mora em Jundiaí há oito anos, também trabalhava na capital. Há quatro anos, decidiu ficar de vez no interior e apostar no comércio que abriu com o apoio da mulher.

"Foi um projeto de vida. Vi outras cidades, mas escolhi Jundiaí porque é perto de São Paulo, com melhor acesso às rodovias", conta. "Minhas filhas são praticamente jundiaienses. E minha família, de São Paulo, vem para a cidade nos fins de semana. A qualidade de vida no interior é outra."

Gerente internacional em um banco, Carlos Neumann, de 40 anos, não se importa de sair diariamente de Jundiaí para trabalhar em São Paulo. "Não vejo nenhuma desvantagem", afirma o morador do bairro Eloy Chaves, localizado perto do acesso às rodovias Anhanguera e Bandeirantes. "As condições de vida em Jundiaí são muito melhores."

Polos. Em Campinas (a 95 km da capital), o diretor de incorporação do Secovi local, Flávio Bauer, diz que não há um levantamento quantitativo, mas projeta que 70% dos residentes não são da cidade. "É uma estimativa qualitativa. A migração começa nos pólos universitários, onde quase 60% não são de Campinas e 70% desses que são de fora acabam ficando na cidade depois de concluírem os estudos."

Segundo ele, o contingente mais expressivo vem de São Paulo, embora sejam identificados grupos do Rio, Paraná, sul de Minas e outros estados. "A partir da década de 1950, Campinas passou a crescer e tornar-se sede de muitas empresas. Há dois tipos de migrantes: os que fazem o trajeto até São Paulo diariamente e os que ficam de vez na região."

O próprio Bauer é um exemplo. "Vim em 1979, transferido do Rio para cá por uma multinacional. A maioria vem e acaba gostando, é muito agradável viver aqui."

sexta-feira, 11 de março de 2011

Mercado imobiliário aposta na remodelação de empreendimentos antigos

Fonte: InfoMoney

SÃO PAULO – Em vez de construir empreendimentos novos, remodelar estruturas antigas e que perderam valor ao longo do tempo. Esta tem sido uma das apostas do mercado imobiliário brasileiro, por meio do que ficou chamado de “retrofit”.

O termo em inglês é usado para definir reforma, mas com customização, adaptação, melhora de equipamentos, do conforto e das possibilidades de uso de um prédio.

“As tecnologias atuais de equipamentos, materiais e de inteligência predial permitem que os edifícios antigos, após um processo de retrofit, passem a oferecer os mesmos benefícios, conforto e qualidade dos edifícios mais modernos”, afirmou o diretor financeiro da BNCORP, César Worms.

Regiões inteiras

O processo pode atingir grandes áreas urbanas, especialmente quando se aborda a questão da revitalização das cidades e atualização de construções, sem perder as características arquitetônicas originais.

E espaço para o retrofit não falta no país. Em São Paulo, de acordo com Worms, regiões como a do Centro Velho e a da Avenida Paulista têm 90% de edifícios que não são dotados de inteligência predial.

No Rio de Janeiro, a revitalização de um prédio na região central da cidade fez com que o preço do aluguel do metro quadrado passasse de algo entre R$ 20 e R$ 25 para R$ 100. Tudo isso por conta da modernização das faixadas e instalações, que datavam da década de 1950.

Rodoanel Leste vai desapropriar 16,7 milhões de m² em 6 municípios de São Paulo

Fonte: Agência Estado

São Paulo - O governo do Estado de São Paulo vai desapropriar uma área de 16,7 milhões de metros quadrados, o equivalente a 11 Parques do Ibirapuera, para a construção do Trecho Leste do Rodoanel Mário Covas. Os imóveis estão localizados em seis municípios da Região Metropolitana de São Paulo: Ribeirão Pires, Mauá, Suzano, Poá, Itaquaquecetuba e Arujá. Essa parte do Rodoanel não cruza a capital. A estimativa de custo é de R$ 1,1 bilhão.

O decreto que prevê a desapropriação foi publicado na edição de sábado do Diário Oficial do Estado. A previsão do governo estadual é que esse seja a única leva de imóveis anunciados, a não ser que o consórcio responsável pela obra sinta necessidade de aumentar essa quantidade no decorrer dos trabalhos. O Estudo e o Relatório de Impacto Ambiental (Eia/Rima) citavam um total de 1.071 imóveis que dariam lugar ao empreendimento.

A maior parte deles está em áreas urbanas desses municípios, onde há residências, algumas indústrias e comércio. Uma das desapropriações, por exemplo, vai atingir o terreno onde está a Meiwa Indústria Mecânica, empresa de embalagens e bandejas localizada no km 203 da Dutra, no Jardim Tupi, em Arujá. No município de Itaquaquecetuba, será desapropriada uma área onde fica a Itaquareia Indústria Extrativista de Minérios. O decreto publicado, no entanto, não identificou os proprietários de todos os imóveis atingidos.

O Trecho Leste será a terceira parte do Rodoanel a sair do papel. A nova ligação terá 43,5 quilômetros de extensão a partir de Mauá - onde se ligará ao Trecho Sul - até a Dutra, em Arujá. Motoristas poderão entrar ou sair da rodovia por quatro acessos: na ligação com a Avenida Papa João 23, em Mauá; na Rodovia Henrique Eroles, em Suzano; na Rodovia Ayrton Senna, em Itaquaquecetuba; e no final do Trecho Leste, na altura de Arujá da Dutra. A via seguirá os modelos dos trechos já em operação, com quatro faixas de circulação e limite de velocidade de 120 km/h. Haverá nessa parte 14 pontes e quatro túneis.

O empreendimento total vai custar aproximadamente R$ 4 bilhões, incluídas as desapropriações, e será construído pela iniciativa privada em um regime de concessão - o grupo vencedor da licitação vai administrar e explorar o pedágio do Trecho Sul e em contrapartida terá de construir o Trecho Leste. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

quarta-feira, 9 de março de 2011

Como declarar a posse e a venda de imóveis no IR de 2011


Fonte: Exame

O contribuinte deve informar gastos com reformas para não correr o risco de pagar IR a mais quando vender o imóvel

São Paulo - A compra, a venda e a simples manutenção de qualquer imóvel não deve passar incólume aos olhos da Receita Federal. A não ser que se qualifique como isento, o contribuinte deve informar todos os imóveis que possui na entrega da declaração do Imposto de Renda 2011. Confira, a seguir, dicas para não se enrolar com as informações e acabar na malha fina:

Como declarar um imóvel financiado ou não

Casa, apartamento, terreno, galpão. A Receita disponibiliza diferentes códigos para cada tipo de imóvel, e selecioná-los adequadamente deve ser o primeiro passo do contribuinte. No caso de imóveis financiados, será preciso informar todos os valores das parcelas que foram pagas até 31 de dezembro de 2010, e não o valor total do bem. No campo “Discriminação”, também devem ser relacionadas as condições de aquisição do imóvel: se já está quitado, se foi comprado de uma construtora, financiado pelo Sistema Financeiro de Habitação, ou por uma outra linha de crédito.

Se o imóvel já foi declarado em anos anteriores, o contribuinte precisará apenas repetir as informações na declaração do IR 2011, inclusive o preço. Isso acontece porque as oscilações de mercado não são consideradas pela Receita. Portanto, o valor do imóvel só será corrigido em caso de reformas e melhorias e nunca por qualquer índice de preço, a despeito de eventuais valorizações – expressivas ou não – que ocorrerem ao longo do tempo.

Quem declara pela primeira vez um imóvel

Quem tinha um imóvel de menos de 300.000 reais ou era isento de entregar a declaração do IR por todos os outros critérios, mas mudou de condição em 2010 e vai informar o imóvel pela primeira vez na declaração deste ano, deve ficar atento. Bens adquiridos a partir de 1996 devem ser declarados sempre pelo seu custo de aquisição.

A lógica vale também para quem era dependente e vai declarar por conta própria este ano. É o caso, por exemplo, de um filho universitário que tinha um imóvel, passou a receber um salário e, por isso, optou por fazer a declaração por conta própria ao invés de incluir a nova renda tributável no nome dos pais. Essa pessoa terá que copiar o último valor do imóvel que era informado na declaração em que aparecia como dependente, lançando-o na seção “Declaração de Bens e Direitos”. Será preciso repetir os mesmos valores nas colunas de 2009 e 2010. Da outra ponta da cadeia, o bem não deve ser incluído na “Declaração de Bens e Direitos” do antigo responsável. Para registrar esta mudança à Receita, o pai que já não tem o filho como dependente precisará apenas deixar em branco as colunas dos anos de 2009 e 2010 referentes ao imóvel anteriormente declarado.

Reformas e melhorias no imóvel

Esta é a única situação em que o valor do imóvel declarado pode sofrer alteração. Contudo, é preciso comprovar tudo que foi gasto com as obras. Vem daí a importância de guardar todos os recebos com materiais e fornecedores. Os dados e valores devem ser preenchidos no campo “Discriminação”, junto com as demais informações sobre o imóvel, como localização e preço. A coluna de 2009 deve mostrar o valor do imóvel antes das reformas, e a coluna de 2010 já deve apontar o acréscimo ganho com as benfeitorias. Acrescer na declaração o valor de um imóvel com reformas é uma forma de pagar menos IR sobre o ganho de capital obtido com a venda de um imóvel no futuro (veja abaixo).

Como declarar o ganho com a venda de um imóvel

O ganho de capital com a venda de imóveis não precisa ser declarado em três situações: se o valor da transação for inferior a 440.000 reais; se o dinheiro recebido pelo imóvel for totalmente reinvestido na compra de outro imóvel residencial dentro de um prazo de seis meses; se o imóvel vendido se enquadrar na legislação que permitia a amortização anual de 5% do seu valor até 1988. No último caso, entende-se que o imóvel já foi totalmente depreciado.

Em qualquer outra situação, o contribuinte deve baixar o Programa de Apuração dos Ganhos de Capital (GCap2010), informar o valor real de venda que consta no contrato previamente firmado e responder às demais questões. O próprio programa irá apurar se há alguma isenção ou redutor do ganho de capital, fazendo as possíveis deduções sobre o valor do imposto devido. Não esquecer de declarar o dinheiro com reformas para elevar o valor do imóvel ajuda a reduzir o ganho de capital sobre o qual é calculado o IR. Depois de chegar ao valor a ser pago, o contribuinte deve importar esses dados para a declaração do IR 2011.

Julio Perez, conselheiro do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo, lembra que qualquer comissão paga à imobiliária ou profissional autonômo pela negociação do imóvel é considerada uma despesa dedutível e beneficia o contribuinte no cálculo do imposto devido. "Esse é um redutor direto do valor da venda, mas é preciso que os detalhes estajam bem documentados em nota fiscal", reforça.

Como são considerados frutos do trabalho e da colaboração dos dois, imóveis que forem adquiridos em nome de um casal devem pertencer a ambos, em iguais partes. Por isso, precisam ser declarados na proporção de 50% para cada um. A exceção fica para os casais que estipularem uma divisão diferente por contrato escrito. Se o imóvel estiver no nome de apenas um dos cônjuges, apesar de ser um bem comum, ele poderá ser relacionado em qualquer uma das declarações se os contribuintes optarem pela entrega de formulários individualmente.

Doações

Quem recebe um imóvel de doação deve declará-lo na coluna "Discriminação da Declaração de Bens e Direitos", indicando o nome e número do CPF do doador. É necessário apontar o valor do imóvel na coluna referente ao ano de 2010. Em seguida, o contribuinte deve lançar o valor correspondente a esta doação em "Rendimentos Isentos e Não Tributáveis". Por sua vez, quem doa o imóvel deve informar o nome e o número do CPF de quem o recebeu na coluna "Discriminação da Declaração de Bens e Direitos". A coluna com o valor no ano de 2010 deve ser deixada em branco.

Envie suas dúvidas

Para ajudar o contribuinte a organizar a papelada e pagar menos impostos, EXAME.com responde os internautas em uma série de matérias no Guia de Imposto de Renda. Se você tem dúvidas sobre a entrega da declaração, envie suas perguntas para o e-mail seudinheiro_exame@abril.com.br. As questões servirão para pautar a equipe de EXAME.com na cobertura do IR 2011. As melhores perguntas serão respondidas em profundidade em reportagens que serão publicadas ao longo das próximas semanas.